segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ALLAN KARDEC - A CERTEZA DA VIDA FUTURA


A CERTEZA DA VIDA FUTURA: 
 
Um navio carregado de emigrantes parte para longe, leva homens de todas as condições, parentes e amigos dos que ficaram. Sabe-se que o navio naufragou: não restou traço, nenhuma notícia chegou sobre a sua sorte; pensa-se que todos os viajantes pereceram e todas as famílias se cobrem de luto. Contudo, toda a equipagem, sem faltar um só homem, abordou numa terra desconhecida, abundante e fértil, onde todos vivem felizes, sob um céu clemente. Mas, o ignoram. Ora, eis que um dia outro navio aborda essa terra; encontra os náufragos são e salvos. A feliz notícia se espalha com a rapidez do relâmpago, cada um diz: "Então nossos amigos não estão perdidos! E dão graças a Deus. Não se podem ver, mas se correspondem; trocam testemunhos de afeição e eis que a alegria sucede à tristeza.
Tal a imagem da vida terrena é da vida além-túmulo, antes e depois da revelação moderna. Esta, semelhante ao segundo navio, nos traz a boa nova da sobrevivência dos que nos são caros, e a certeza de encontrá-los um dia; a dúvida sobre sua sorte e sobre a nossa não mais existe; o desânimo se apaga ante a esperança. 
 
Allan kardec
 
Fonte: Revista Espírita - Abril de 1866 - Allan Kardec.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER / AUGUSTO CEZAR - FEMINISMO


FEMINISMO:

Pergunta-me você o que seja feminismo, talvez supervalorizando a minha capacidade de resposta.
O assunto, no entanto, me fez lembrar uma história, aliás, repetida por vários cronistas, interessados nas tradições populares.
Dou-lhe esta explicação para que você não me considere plagiário com adjetivos jocosos e zombeteiros.
Conta-se que Jesus, acompanhado por alguns discípulos, seguia, dos arredores de Jerusalém, demandando a cidade de Jericó. O Mestre alterara o plano de excursão através de muitas veredas, a fim de visitar necessitados e doentes.
Em dado instante, o grupo não soube acertar com o verdadeiro caminho e apareceu acalorada troca de opiniões.
Nisso, salientou-se, não longe, a figura de um viandante cuja presença pareceu providencial aos companheiros da Boa Nova.
Notando que o desconhecido se abeirava dos circunstantes, Simão Pedro barrou-lhe a frente e interpelou-o:
- “Amigo, acaso poderá a sua bondade informar-nos quanto ao exato caminho para Jericó?”
- “Quem lhe falou que sou guia de vagabundos? Tenho mais que fazer. Não me arrisco a contato com malfeitores e ladrões. Sigam para onde quiserem...”
Dito isso, afastou-se, estugando o passo e Pedro, desapontado, dirigiu-se a Jesus, comentando:
- “Mestre, viu só que insolência? Não é justo suportar desaforos! Decerto que o Céu castigará esse brutamontes, impondo-lhe a punição que faz por merecer...”
O Cristo ouviu, apreensivo, e ponderou:
- “Pedro, não julgue ninguém sem o conhecimento preciso... Quem será esse homem? Talvez seja um doente ou um desesperado...”
A expectativa reapossava-se dos apóstolos, quando surgiu, à frente deles, bela jovem carregando um cântaro de água na cabeça.
Simão adiantou-se, interpelou-a, repetindo a petição que fizera ao viandante agressivo e exasperado.
- “O melhor caminho para Jericó?’- indagou a moça sorrindo.
De imediato, depôs no chão o vaso que trazia e passou a explicar com gentileza de que modo atingiriam a cidade sem obstáculos maiores. Além disso, encorajou os apóstolos à caminhada, com expressões de encantador otimismo.
Terminado o diálogo, ei-la retomando o vaso transbordante de água límpida, seguindo estrada afora...
Simão aconchegou-se a Jesus e lhe falou com intimidade:
- “Mestre, notou a diferença? O bruto que nos desconsiderou e essa menina generosa se parecem a um animal e a uma flor...”
Ante o Senhor, que se fizera pensativo, Pedro insistiu:
- “Senhor, qual será a recompensa que o Céu concederá a essa jovem que nos prestou um serviço tão grande?”
Jesus sorriu e falou ao apóstolo em voz alta:
- “Sim, Pedro, essa jovem será recompensada; e o prêmio dela será casar-se com o homem brutalizado que passou por aqui, a fim de que consiga educá-lo para Deus e para a vida.”
Surpresa geral encerrou o assunto.
É isso aí, meu caro. Se a mulher nos abandonar à própria sorte, negando-se a cumprir a missão que o Céu lhe atribuiu, com certeza, nós todos, os homens vinculados ainda à Terra, estaremos perdidos... 

Médium: Francisco Cândido Xavier
Espírito: Augusto Cezar
Fonte: Livro: Fotos da Vida - Editora GEEM

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sra. CAZEMAJOUX / FELÍCIA - A ESPERANÇA


A ESPERANÇA:

Eu me chamo a Esperança; sorrio à vossa entrada na vida; eu vos sigo passo a passo, e não vos deixo senão nos mundos onde se realizam, para vós, as promessas de felicidade que ouvis, sem cessar, murmurar aos vossos ouvidos. Eu sou vossa fiel amiga; não repilais minhas inspirações: eu sou a Esperança.
Sou eu que canto pela voz do rouxinol e que lança aos ecos das florestas essa notas lamentosas e cadenciadas que vos fazem sonhar com os céus: sou eu quem inspira à andorinha o desejo de aquecer seus amores ao abrigo de vossas moradas; eu brinco na brisa leve que acaricia os vossos cabelos; eu derramo aos vossos pés os perfumes suaves das flores de vossos canteiros, e é com dificuldade que dais um pensamento a esta amiga que vos é tão devotada! Não a repilais: é a Esperança.
Eu tomo todas as formas para me aproximar de vós: eu sou a estrela que brilha no azul, o quente raio de sol que vos vivifica; embalo vossas noites de sonhos ridentes; expulso para longe de vós a negra inquietação e os pensamentos sombrios; guio vossos passos para o caminho da virtude; acompanho-vos em vossas visitas aos pobres, aos aflitos, aos moribundos e vos inspiro as palavras afetuosas que consolam; não me repilais: eu sou a Esperança.
Eu sou a Esperança! sou eu que, no inverno, faço crescer sobre a crosta dos carvalhos os musgos espessos dos quais os pequenos pássaros constróem seu ninho; sou eu que, na primavera, corôo a macieira e a amendoeira de suas flores brancas e rosas, e as derramo sobre a terra como uma juncada celeste que faz aspirar aos mundos felizes; estou sobretudo convosco quando sois pobres e sofredores; minha voz ressoa, sem cessar, em vossos ouvidos; não me repilais: eu sou a Esperança.
Não me repilais, porque o anjo do desespero me faz uma guerra obstinada e se esgota em vãos esforços para me substituir junto de vós; não sou sempre a mais forte e, quando ele chega a me afastar, vos envolve com suas asas fúnebres, desvia os vossos pensamentos de Deus e vos conduz ao suicídio; uni-vos a mim para afastar sua funesta influência e deixai-vos embalar docemente em meus braços, porque eu sou a Esperança.
 
Felícia
Filha da Médium
 
Fonte: Site: http://www.espirito.org.br/portal/codificacao - Revista Espírita - Fevereiro de 1862.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

JOÃO NUNES MAIA / MIRAMEZ - A MEDICINA DO FUTURO e O AVANÇO ESPANTOSO COM AS NOVAS DESCOBERTAS


A MEDICINA DO FUTURO:

Se quereis ter saúde, esquecei a doença; a medicina do futuro será diferente da atual, pois irá tratar primeiramente da conduta do indivíduo, da higienização de sua mente, da educação de sua palavra; irá ensinar a respiração profunda, e a alimentação correta, para que a mecânica orgânica entre em plena sintonia com a Mecânica Universal. Fonte: Prefácio de Miramez, referente ao Livro: Mantras de Luz - João Nunes Maia/Loester - Editora Espírita Cristã Fonte Viva. 


O AVANÇO ESPANTOSO COM AS NOVAS DESCOBERTAS: 

Convém notar quantas descobertas já foram feitas no mundo em que habitais e delas podes deduzir, o quanto se poderá ainda descobrir para o bem-estar de todos os povos. As mãos humanas estão bem perto de dominar o fluido magnético, quando mostrará um avanço espantoso para mover-se em aparelhos que cortarão os ares, os mares e cruzarão sobre as terras, sem o método dos combustíveis líquido. Fonte: Filosofia da Mediunidade II, página 42 - João Nunes Maia/Miramez - Editora Espírita Cristã Fonte Viva, 1981.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

CARLOS TORRES PASTORINO - MAUS HÁBITOS / PRECE / CONFIE / COMPARAÇÃO


MAUS HÁBITOS:

Todos nós temos nossos maus hábitos, alguns dos quais “carinhosamente” cultivados.
No entanto, precisamos corrigir-nos deles.
A primeira coisa é reconhecer que os temos. A segunda é lutar por desvencilhar-nos deles.
Inconscientemente nos acostumamos a fazer certas coisas que depois, descobrimos ser um mau hábito (por exemplo: deixar as coisas fora do lugar, após usá-las; não limpar bem os móveis; varrer mal; não levantar-nos na hora certa, “remanchando” na cama; responder mal às pessoas que falam conosco, etc.)
O pior é que, de modo geral, quando o descobrimos, o mau hábito já se enraizou em nós de tal forma, que se tornou quase uma segunda natureza.
E aí vem o difícil, combatê-lo e expulsá-lo...
Como agir?
Em primeiro lugar, quem quiser realmente corrigir-se deve evitar de pensar no hábito. Quanto mais pensar nele, mesmo com a intenção de combatê-lo, mais se aprofundará em si mesmo.
Em segundo lugar, não ficar repetindo a cada instante: “eu tenho um péssimo hábito, de...” Nada disso!
Procure a cura pela mentalização positiva. Todas as vezes que puder, repita para si e para as outras pessoas: “estou conquistando um hábito maravilhoso, de...”.
Então modifique seu modo de pensar. Por exemplo: você costuma, ao chegar a casa, deixar sua roupa pelas cadeiras. Comece a pensar consigo mesma: “todos as vezes que chego a casa, dobro e guardo minha roupa”.
Procure convencer-se de que seu feitio é esse. E ficará admirada, dentro de algum tempo, quando verificar que está fazendo o que desejava sem sequer pensar! Já faz tudo automaticamente. Por quê? O subconsciente anotou seu pensamento positivo, e fê-lo realizar-se, sem necessitar de nenhuma ordem da mente consciente.
O hábito é exatamente o resultado de uma ação do subconsciente. Tanto fazemos, pensamos ou dizemos certas coisas, que acabamos fazendo-as inconscientemente.
Neste ponto entra a “segunda natureza”.
Ora se o mecanismo é esse, podemos utilizá-lo para corrigir-nos de maus hábitos, fazendo-os sair pela mesma porta por que entraram.
O essencial é saber agir.
Não adianta permanecermos a pensar no mau hábito: isto o aprofunda mais. Não adianta ficar repetindo: “não quero mais agir assim”. Você continua afirmando (embora com a partícula negativa à frente) a ação que deseja suprimir. Não. Faça o oposto. Pense, fale, repita o oposto da coisa.
Se você é impulsiva, ao invés de dizer: “não quero ser impulsiva”, diga antes: “estou cada vez mais calma”. Se você disser a primeira frase, a cada repetição da palavra “impulsiva”, você manda um impacto ao subconsciente. Se ao contrário você repetir a segunda frase, a palavra “calma” se irá imprimindo no profundo de seu ser. E quando menos esperar, quando abrir os olhos certa manhã, verificará com espanto que reagiu com admirável calma a uma situação que, meses antes, a faria dar saltos e esbravejar ameaças.
Não combata de frente os maus hábitos: substitua-os por bons hábitos, pouco a pouco, sem violência. Modifique seu modo de pensar, que é o pensamento a base de nossa vida e de nossa felicidade. Fonte: Livro: Teu Lar, Tua Vida – Carlos Torres Pastorino – Sabedoria Livraria e Editora Ltda.


PRECE:

Mestre e Senhor, mantém-me na cabeça
tua sublime luz que me ilumina.
Que tua vontade santa me esclareça,
e nunca o mal se fixe na retina. 

Mestre e Senhor, que nunca me apareça
no coração a mágoa que nos mina.
E se a tristeza vem, com treva espessa,
que eu a torne alegria peregrina. 

Se me ferir calúnia funda e escura,
que eu responda não só com o perdão,
mas com desejos bons e de ventura. 

Que em cada ser eu veja o meu irmão,
e derramando amor, com alma pura,
que a todos distribua o coração. Fonte: Livro: Farrapos d'Alma – Carlos Torres Pastorino – Livraria São José – Rio de Janeiro – 1958.
  
 
C
ONFIE!:
 
Nem tudo o que nos aborrece e faz sofrer é, forçosamente, um mal.
Quando os irmãos de José o venderam, o que parecia um mal tornou-se maravilhoso bem, pois lhe deram oportunidade de chegar a ser governador do Egito.
Tenha confiança no Pai, que sabe extrair o bem daquilo que nos parece um mal.
Não se desespere.
Confie e siga à frente! Fonte: Minutos de Sabedoria – Carlos Torres Pastorino – Vozes.
  
 
COMPARAÇÃO:
 
Tua boca só tem palavras boas
consolo para os tristes, tolerância
com que, sem exceção, sempre perdoas,
bênçãos para os amigos, sem jactância. 

Em tua boca crescem, das pessoas,
as virtudes em rútila fragrância;
e nunca dos mais fracos apregoas
os erros, os pecados, a ignorância. 

Boca gentil, bonita, abençoada,
boca amorosa e boa, sorridente,
que cura o enfermo e alegra a renegada. 

Eu amo tua boca, que traduz
só bondade, porque minha alma sente
que era assim mesmo a boca de Jesus. Fonte: Livro: Farrapos d'Alma – Carlos Torres Pastorino – Livraria São José – Rio de Janeiro – 1958.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

INÁCIO FERREIRA - OS MORTOS

 
OS MORTOS:

      Chorando, meu filho?
      Que é isso?

           Com efeito!
           Medo de morrer?

Não chore, meu filho. Nós não morremos.
Aquele carro todo preto, carregando um caixão todo enfeitado de fitas cor de ouro e acompanhado por várias pessoas, cujos semblantes entristecidos revelavam dor e mágoa, aquele caixão, meu filho, carregava apenas o corpo de uma pessoa...
Aquele corpo vai ser enterrado no cemitério onde, no fundo da sepultura, irá aos poucos apodrecendo, até se tornar em pó.
Mesmo assim, nós não morremos, meu filho.
Somos constituídos de um corpo – esse amontoado de carne que forma a pessoa, e do espírito, que é a força oculta que dá vida a esse corpo e o anima.
É o espírito que sente as dores, as alegrias e as tristezas; que tem os sentimentos bons e maus; que pensa, que age e raciocina.
O corpo, que é matéria, morre, apodrece e se transforma em pó.
O espírito, esse não morre nunca; continua vivendo sempre, voltando, de anos em anos, para tomar outro corpo e viver outras vidas na matéria.
É a mesma coisa, meu filho, que essas máquinas que só andam e produzem trabalho quando movidas pela eletricidade.
As máquinas representam o corpo – a eletricidade representa o espírito que move esse corpo.
As máquinas envelhecem, enferrujam, se estragam a ponto de ser preciso jogá-las fora, como imprestáveis, e no entanto, a eletricidade não é atingida nem desaparece com esse monte de ferros velhos.
Ao contrário, ela continua existindo, movendo sempre outras máquinas.
A mesma coisa se dá com o corpo e o espírito – o corpo apodrece e se transforma em pó – o espírito, como a eletricidade, embora não o vejamos, continua vivendo.
Deus é muito sábio, muito justo e muito misericordioso, meu filho.
Ele não nos iria criar, fazer crescer, gostar de uma pessoa, como eu e sua mãe gostamos de você, para, de repente essa pessoa morrer e desaparecer para sempre.
Deus não nos daria o amor, a amizade e o sentimento, só para nos fazer sofrer, roubando-nos com a morte essas pessoas a quem amamos, a quem temos amizade.
O corpo é, apenas o aparelho por intermédio do qual o espírito se manifesta.
Desaparecido o corpo, o espírito continua a viver.
Não tenha medo de morrer, meu filho.
Só temem a morte aqueles que não têm a consciência tranqüila, porque praticaram maus atos.
Mas, você que tem sido um menino bom, bem comportado e obediente, deve sentir-se alegre, satisfeito e feliz, à espera do momento em que Deus o chamar para o seu lado.
Fique certo, meu filho, que, mesmo após o desaparecimento do seu corpo, se Deus o levar antes de nós, você continuará vivendo ao nosso lado e ao lado dos seus irmãozinhos, nos ajudando e protegendo, por estar mais perto de Deus.
Quando Você ver, outra vez passar um enterro, não tenha medo da morte – porque não se morre; apenas, passa-se de uma vida para outra vida.
Desencarna-se, isto é, o espírito deixa o corpo, a carne, a matéria, para voltar à sua verdadeira vida – que é a vida espiritual na sua verdadeira pátria, que é o Universo. Não temas, pois, a morte, meu filho.
Nós não morremos.
Passamos, sim, de uma vida para outra vida. 
 
Inácio Ferreira

Fonte: Livro: Conselhos ao Meu Filho – Dr. Ignácio Ferreira – Impresso na Oficia do Reformador.*
* Nesta citada e antiga obra o nome grafado é Dr. Ignácio Ferreira.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

AUTORES DIVERSOS - O RETORNO À TERRA DE BRILHANTE FALANGE:

 
O RETORNO À TERRA DE BRILHANTE FALANGE:

                                I

Livro: CHICO XAVIER O SANTO DE NOSSOS DIAS – R. A. Ranieri – Editora Eco:

         Este século XX é o século da ciência! disse Chico. O próximo* será o século da arte. As grandes reencarnações, segundo Emmanuel, começarão em 1980. A partir daí grandes espíritos renascerão na Terra. O homem atualmente está preparando o mundo e dando-lhe uma nova dimensão. Marcha-se ao encontro dos astros e a ciência avança. Em breve os grandes artistas, começarão a voltar. Victor Hugo, Chopin, e outros.     

* Século XXI que ora estamos vivenciando.

                   II

Livro: DEVASSANDO O INVISIVÉL - YVONE A. PEREIRA – Editora FEB:

          Palavras do Espírito Frederico Chopin:

         ...Declarou que salvo resoluções posteriores, pretende reencarnar no Brasil, país que futuramente muito auxiliará o triunfo moral das criaturas necessitadas de progresso, mas tal acontecimento só se verificará no ano de 2000 em diante, quando descerá à Terra brilhante falange com o compromisso de levantar, moralizar e sublimar as Artes. Não poderá precisar a época exata. Só sabe que será depois do ano de 2000, e que a dita falange será como que capitaneada por Victor Hugo, Espírito experiente e orientador (a quem se acha ligado por afinidades espirituais seculares) capaz de executar missões dessa natureza.
 
                                      III


Livro: OBRAS PÓSTUMA – Allan Kardec – Editora FEB:

Palavras do Espírito Rossini – Médium: Nirvat:

         O Espírito do maestro Rossini voltará, numa nova existência, a continuar a arte que ele considera a primeira de todas. O Espiritismo será seu símbolo e o inspirador de suas composições.
                           
                                      IV


Livro: IRRADIAÇÕES DA VIDA ESPIRITUAL – médium Mme. W. Krell* – Editora Camille Flammarion

         Palavras do Espírito Rossini:

         A Música Alimento Espiritual:

         Oh, sim, retornarei um dia à Terra, arrastando comigo as vagas da harmonia que retiro dos mundos bem-aventurados, onde tudo é poesia, melodia, ideal! Retornarei, pois me saturo de fluidos que me envolverão o perispírito a fim de dotar a Terra, minha pátria das belezas de cujas fontes, avidamente, me embriago!... aspirações! A música, a divina harmonia, é o inicio da felicidade, a aclimatação da alma aos fluidos dos mundos felizes! A música é a quintessência do sentimento; é o amor, é a amizade, a esperança penetrando n’alma e fundindo-se em um pensamento! A música é a sensação do grandioso, do belo, do sublime! É a dulcificação do que ainda é rude e selvagem, é o orvalho após o vento do deserto!

         A música é a gradação de todos os sentimentos puros: compaixão, piedade, ternura, amor, grandeza, dedicação, coragem, alegria, melancolia, tristeza e felicidade; tudo, até o embrandecimento da alma pela prece, torna-se compreensível ao espírito!

         A música é um dos alimentos espirituais que eu ainda virei trazer aos meus irmãos, inspirando-lhes o desejo de elevar-se, a fim de se embeberem na fonte de todas as harmonias, onde a vida não é mais que um contínuo encantamento!

         Assim termino, desejando que compreendais, o que demonstrará que tendes, em vós próprios o sentimento divino e que a centelha recaiu sobre vós.

*Médium que psicografou: Prece de Cáritas

                            V

Livro: PERANTE DEUS – Célia Xavier Camargo – Espírito Erick – Editora O Clarim

        
         Na Espiritualidade vive-se hoje clima de expectativa e de labor constante. Milhares de espíritos, notáveis, provados nas lides expiatórias, preparam-se para voltar à Terra num novo corpo, com a nobre tarefa de propiciar uma revolução, gradativa e profunda, em todas as áreas do conhecimento humano (na música, pintura, literatura, medicina, política, sociologia, psicologia, etc).
         Muitos já estão encarnados, aplainando o terreno para essas grandes transformações inerentes ao processo de espiritualização da humanidade.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

MARILUSA MOREIRA VASCONCELLOS / CASTRO ALVES - SE EU VOLTASSE


SE EU VOLTASSE: 

                      (Trechos):

Mas, ainda, se eu pudesse,
Jesus, voltar aos teatros,
erguer os braços em brados,
para o povo me ouvir,
por certo, Jesus, ousava
falar de outra alma escrava:
a da criança perdida,
que na rua vi surgir!

Destes pés nus nas sarjetas,
as mãos a estender pedintes,
aos passantes que com acintes,
dela se afastavam logo.
Eu gritava: Liberdade,
da miséria e da orfandade!
Voltava da Eternidade
com o verbo ardendo, em fogo!

Diria Brasil gigante,
amparai o passo errante
da criança abandonada!
E estendei na cruz do povo
a escola, o lar de um Covo,
casas de amparo ao infante.
É esta luta que garante
a era de um mundo novo!

Eu diria: Companheiros,
estes braços pequeninos
são as cruzes que espalhastes
nos vossos torpes caminhos!
Eu diria: Ide! Arrancai
do abandono a criança!
Dai-lhe a fé, a confiança,
para o futuro, marchai!

Eu diria: É uma vergonha
que tanta dor se interponha
entre Jesus e os felizes!
Se podeis marchar, avante!
Tendes na meta o infante!
Não pretexteis o cansaço,
que ontem foi forte o braço,
para criar infelizes!

Eu diria: É uma infâmia
o mendigo esfarrapado,
o moleque espoliado,
e a menina a se perder!
Se a criança é flor da vida,
ei-la aqui qual mendiga,
pisada, alheia, ofendida,
sem presente, nem passado!

Eu diria: Meu Jesus,
dai-nos a força e a coragem,
para vencer com vantagem
obstáculos transpor!
Tendo nos braços erguidos
estes corpos esquecidos,
jamais seremos vencidos
na força de teu amor!

Anjos do bem! Levantai-nos
para os dias de labuta,
que terrível é esta luta,
contra a miséria moral!
Somos novos combatentes,
pela infância oprimida,
daremos a nossa vida,
e a força do ideal!

Médium: Marilusa Moreira Vasconcellos
Espírito: Castro Alves
Fonte: Trechos do livro: Desconte um Conto - Marilusa Moreira Vasconcellos/Espíritos Diversos - Editora Espírita Radhu Ltda.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

MARQUÊS DE MARICÁ - A IMORTALIDADE DA ALMA



A IMORTALIDADE DA ALMA: (Em 1844, o Marquês de Maricá publicou um livro com os primeiros ensinamentos de fundo espírita divulgados no Brasil)

♥Quando Deus nos fez surgir da eternidade, dando-nos o ser, contraiu conosco uma dívida de felicidade, que tem solvido na vida presente e há de solver nas subseqüentes pela sua paternidade criadora e bondade ilimitada.
♥A nossa existência apenas começada neste mundo tem o seu progressivo desenvolvimento por inumeráveis mundos e vidas na imensidade do espaço e eternidade dos tempos, aproximando-se à perfeição divina sem jamais poder alcançá-la por ser infinita e incomensurável no ser eterno, criador e regedor do universo.
♥A vida e morte estão sujeitas ao regime de uma Providência, que compreendendo o pretérito, presente e futuro, regula os destinos individuais, familiares e sociais, por um modo infinitamente sábio e justo, porém misterioso e incompreensível à razão e a inteligência humana.
♥Tudo morre ou perece para que tudo se renove: os tipos são os mesmos, mas as obras publicadas são sempre novas.
♥De que nos serviria a outra vida se o nosso espírito não conservasse o cabedal de idéias e conhecimentos que adquiriu na primeira, e perdesse a memória da sua identidade individual e intelectual. 
♥As noções do infinito, eternidade e intensidade, da imortalidade da alma e de uma vida futura com as transcendentes da infinita sabedoria, poder e bondade de Deus, autor e Criador de tudo, provam demonstrativamente que a nossa vida não se limita à curta existência neste mundo, mas que terá de prolongar-se pela eternidade com variados corpos em inumeráveis mundos, crescendo a nossa inteligência progressivamente em ciência, virtude, amor, gratidão e admiração de Deus, e conseqüentemente em uma bem-aventurança tal que não é possível qualificar nem compreender. A inteligência humana é muito superior e transcendente à vida animal e temporária deste mundo terreal, e portanto nos anuncia altos e sublimes destinos depois dele em muitos outros subseqüentes e inumeráveis. 
 
Fonte: Livro: Máximas, Pensamentos e Reflexões do Marquês de Maricá.