segunda-feira, 6 de setembro de 2021

AUTORES DIVERSOS (ESPÍRITAS E NÃO ESPÍRITAS) - A PÁTRIA E A BANDEIRA

 

AUTORES DIVERSOS

(ESPÍRITAS E NÃO ESPÍRITAS)

A PÁTRIA E A BANDEIRA


PÁTRIA BRASILEIRA!


Abençoada pela fulgurante luz das estrelas do Cruzeiro do Sul, estás programada pelo Senhor da Vida para que sejas, em futuro não distante, o centro de irradiação do Evangelho restaurado.

Enquanto a humanidade sofre a noite terrível que se abate sobre a Terra, e tu experimentas, solo verdejante, a sombra dominadora do descalabro moral dos homens, na Consciência Cósmica que te gerou estão definidos os desafios e rumos para que logres as tuas conquistas em futuro próximo.

Dormem, nas montanhas em que te apoias e na intimidade das águas oceânicas do Atlântico, que te banha de norte a sul, tesouros inimagináveis que te destacarão mais tarde no concerto econômico das grandes nações.

Embora a conspiração deste momento contra as tuas matas grandiosas, sobreviverás às ambições desconcertantes de madeireiros, pecuaristas, agricultores desalmados, e dos conciliábulos nefandos que lutam pela destruição da tua Amazônia, que permanecerá como último pulmão da Terra, sustentando a sociedade que hoje se encontra sem rumo.

Padeces, na conjuntura atual, a sistemática desagregação dos valores ético-morais, políticos e emocionais, os mesmos que abalam o mundo, mas esses transitórios violadores do dever passarão, enquanto persistirá a tua destinação histórica, Pátria do porvir!

Conseguiste libertar-te da mancha cruel da escravidão em etapas contínuas, que culminaram no gesto audaz da tua filha, que não teve pejo de, na ausência do pai, pôr fim ao abuso da exploração impiedosa do negro, também teu filho, no eito terrível e hediondo da perversidade.

Logo depois, já livre do jugo da pátria-mãe que te humilhava, pondo-te em subalterna situação, aspiraste por voos mais altos, que um dia se transformaram em liberdades democráticas que sorriram para ti, e teu pavilhão verde, azul e amarelo tremulou, numa república, que a partir de então podia compartilhar do banquete internacional realizado pelos povos livres da Terra.

É certo que ainda estertoras, neste momento de desafios, quando a cultura cambaleia, a ética desfalece, a moral se perverte e os direitos humanos esquecidos são postos à margem pelos dominadores ignorantes de um dia. Tu, porém, sobreviverás a toda essa desdita, Brasil!

Compreende, neste momento, a desenfreada manobra dos manipuladores da opinião pública e a daqueles que te dilapidam os valores, transferindo-os para os paraísos fiscais da ignomínia e da insensatez, porque esse hediondo crime contra tua economia e os milhões de vidas, será de duração efêmera. Eles morrerão deixando tudo em contas secretas e em aplicações de que jamais se utilizarão...

Enquanto isso ocorre, gemem no teu solo os filhos da miséria, ocultos nos escombros do abandono.

As tuas vielas, ruas e avenidas nos pequenos burgos do interior nas metrópoles, veem e sofrem inermes, a desenfreada correria da violência que se atrela ao selvagem potro da morte, dizimando vidas, taladas em pleno alvorecer.

Para, porém, em paciência e compaixão, [pagar] o preço da tua destinação histórica, na tua condição de futura Pátria da Paz e do Evangelho de Jesus.

Isto passará, e logo depois da noite sombria, uma aurora de esperanças irá colocar-te no lugar que te está reservado, quando poderás oferecer lições de misericórdia e de solidariedade ao mundo que não perdoa; tu que te apresentas em forma de um grande coração simbolizando a afabilidade e a doçura.

Oro por ti, Brasil, e por vós, brasileiras e brasileiros, na condição de filho que também sou da terra iluminada pela constelação do Cruzeiro do Sul.


DEODORO


(Mensagem psicofônica ditada pelo Espírito Deodoro da Fonseca ao médium Divaldo Pereira Franco, na sessão da noite de 16 de novembro de 2005, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador-BA.

A PÁTRIA

Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!

Criança! não verás nenhum pais como este!

Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!

A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,

É um seio de mãe a transbordar carinhos.

Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!

Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!

Vê que grande extensão de matas, onde impera,

Fecunda e luminosa, a eterna primavera!

Boa terra! jamais negou a quem trabalha

O pão que mata a fome, o teto que agasalha…

Quem com o seu suor a fecunda e umedece,

Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!

Criança! não verás pais nenhum como este:

Imita na grandeza a terra em que nasceste!

OLAVO BILAC - Poeta e jornalista brasileiro - 1865-1918

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A BANDEIRA

Não há religião sem Deus nem pátria sem bandeira. 

Prestar culto à bandeira é venerar o espaço e o tempo nos limites geográficos de uma nação e neles a raça e tudo que ela representa e abrange.

Venera-se na bandeira o espaço pelo amor à terra natal.

Venera-se nela o tempo pelo culto ao passado; de onde ela vem; no amor do presente, a que ela assiste e na ânsia pelo futuro para o qual ela acena desfraldada no mastro.

Honra-se a raça pelo respeito religioso que se deve aos mortos construtores e semeadores; pela solidariedade que se deve aos vivos, colaboradores na obra do engrandecimento nacional, e pela confiança com que esperamos os que hão de vir continuar a construção em que trablharam os que hoje são terra, e em que trabalhamos nós.

Que é a bandeira? é um pano e uma nação, como a cruz é um madeiro e é toda uma Fé.

No culto da bandeira encerram-se todos os nossos deveres, desde os que nos são ditados pelo amor até os que nos são prescritos pela Lei.

Assim como nos descobrimos diante do sacrário, que encerra a hóstia, que é o símbolo de Deus, descubramo-nos  diante da bandeira, que é o símbolo da pátria.

Coelho Neto - Escritor, político e professor brasileiro - 1864-1934

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A família é a Pátria do coração.

Giuseppe Mazzini - Escritor, político e filósofo moralista italiano - 1805-1872.

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Não nasci para um único lugar: minha pátria é todo este mundo.

Sêneca - Filósofo e escritor estóico - Córdoba, 4 a.C.-Roma, 65 d.C.

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A pátria mais desprezível é aquela, que, embora fértil, não oferece segurança aos que a habitam.

Solomon Ben Judah Ibn Gabirol - Avicebron - Escritor e filósofo - Natural de Málaga - 1022-1058.

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A pátria não é a terra; não é o bosque, o rio, o vale, a montanha, a árvore, a bonina: são-no os afetos que esses objetos nos recordam na história da vida.

Alexandre Herculano - Escritor, historiador, jornalista e poeta português - 1810-1877.

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Cada pátria é uma colmeia de trabalhadores, fabricando o mel da sabedoria e da experiência, nos esforços purificadores e dolorosos, a caminho da absoluta união de toda a família universal.

Médium: Francisco Cândido Xavier -Espírito Emmanuel

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 PÁTRIA DO EVANGELHO

Como as individualidades, também as pátrias surgem no vasto cenário das civilizações, com funções definidas, no concerto dos povos e assim como o homem isolado possui uma zona de liberdade de ação, na teia de circunstância da vida coletiva, também às nações é conferido, do Alto, o direito de agir, no caminho das decisões de natureza coletiva, no âmbito de serviços que lhes compete desempenhar na grandiosa oficina da evolução humana. A história é a bíblia sagrada dessas noções de direitos e deveres isolados dos povos, objetivando-se a construção do progresso universal. Enquanto os israelitas organizavam as luzes religiosas para o futuro do mundo, os fenícios erguiam as bases econômicas dos fenômenos da troca para a subsistência da vida material. Enquanto os gregos pescavam as pérolas da filosofia, no oceano imenso de suas atividades espirituais, os romanos preparavam os princípios de direito para a vida prática. Cada pátria é uma colméia de trabalhadores fabricando o mel de sabedoria da existência, nos esforços purificadores e dolorosos, a caminho da absoluta união de toda a família universal. Com o advento do Cristo, há dois mil anos, felicitavam-se os horizontes do planeta, com um roteiro novo e definitivo. O Evangelho, com a simplificação de todas as estradas das criaturas humanas, na humildade e no amor, buscou identificar os labores de todos os povos entre si, mas a civilização ocidental não soube guardar as valorosas virtudes de seus antepassados. Um véu de sombras procurou perpetuar a ignorância no coração da humanidade sofredora. Novas missões coletivas foram dadas às nacionalidades do globo que, abusando da sua linha de emancipação e liberdade, em considerável maioria, se entregaram à sinistra embriaguez do imperialismo e da ambição, fazendo jus às mais dolorosas expiações, quais as que se verificam, desde muito, na totalidade dos países europeus. Mas o relógio da evolução universal não pode estacionar, em face da defecção dos homens. A hora do Cristo há de soar, no momento oportuno. É por isso que, multiplicando-se em atividades, o mundo espiritual, sob a determinação augusta do Divino Mestre, transplantou para a América a árvore maravilhosa da fraternidade e da paz, a cuja sombra cariciosa e divina, vamos encontrar o Brasil, sob a luz do Cruzeiro, desempenhando a tarefa significadora de Pátria do Evangelho.

Médium: Francisco Cândido Xavier -Espírito Emmanuel 

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