COMO UM JOVEM PODE
RECOMENDAR-SE A SI
MESMO
Numa revista estrangeira li o seguinte trecho
que vos transmito, caros meninos, para vos servir o procedimento de um jovem
como um exemplo digno de ser imitado.
Um negociante anunciou nos jornais que
empregaria em sua casa um jovem, e, em breve, apresentaram-se quinze rapazes,
pedindo o emprego. O negociante mandou cada um deles escrever seu nome e logo
escolheu um, dizendo aos outros que podiam retirar-se.
- Eu desejaria saber – disse-lhe um amigo que
estava presente – quais são os motivos que influíram para aceitardes aquele
rapaz, pois ele nem vos apresentou uma carta de recomendação.
- Enganai-vos! – respondeu o negociante. – Ele
limpou o sapato antes de entrar e, depois, fechou a porta: isto prova que gosta
de ordem e asseio. Em seguida, ele levantou-se quando viu entrar um velho em
companhia de um dos jovens e deu-lhe a cadeira: isto prova que é bem educado e
de bom coração.
De forma educada, respondeu às minhas
perguntas rápida e convenientemente: isto prova que é cortês e refletido.
Ergueu um livro que estava no chão e pelo qual os outros passaram, e colocou-o
sobre a mesa: isto prova que é observador. Por fim, ele esperou pacientemente
até que chegou a sua vez: assim eu soube que é modesto. Ao falar comigo,
observei que a sua roupa estava bem escovada, seus cabelos bem penteados e seus
dentes brancos e limpos. Quando escrevia, vi que suas unhas estavam bem
apardas. Tudo isto era, para mim a melhor carta de recomendação.
Comportai-vos, meus caros amigos, como esse
jovem: sede amantes da ordem e do asseio, corteses, afáveis, bondosos,
modestos, refletidos e prudentes; estas qualidades recomendar-vos-ão a todos,
melhor do que qualquer cartão de apresentação.
E se, a par destes predicados que podem ser
descobertos pela vista externa, possuírdes as necessárias virtudes de pureza de
alma, honestidade, temperança e fé, certos ficai de que ocupareis boa posição
na sociedade humana.
FRANCISCO VALDOMIRO
LORENZ
Escritor místico
tcheco, doutor em Cabala, ocultista, poliglota, Esperantista - 1872-1957. A
FEB, publicou algumas obras valiosas de sua autoria.
Fonte: Revista O Pensamento.
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