MEU DEUS!
Meu Deus, vós que sois
grande, que sois tudo, deixai cair sobre mim, humilde, sobre mim, eu que não
existo senão pela vossa vontade, um raio de divina luz. Fazei que, penetrado do
vosso amor, me seja fácil fazer o bem e que eu tenha aversão ao mal; que,
animado pelo desejo de vos agradar, meu espírito vença os obstáculos que se
opõem à vitória da verdade sobre o erro, da fraternidade sobre o egoísmo; fazei
que, em cada companheiro de provações, eu veja um irmão, assim como vedes um
filho em cada um dos seres que de vós emanam e para vós devem voltar. Dai-me o
amor do trabalho, que é o dever de todos sobre a Terra, e, com o auxílio do
archote que colocaste ao meu alcance, esclarecei-me sobre as imperfeições que retardam
meu adiantamento nesta vida e na vindoura.
Não haverá paz entre os homens, não haverá segurança,
felicidade social enquanto o egoísmo não for vencido, enquanto não
desaparecerem os privilégios, essas perniciosas desigualdades, a fim de cada um
participar, pela medida de seus méritos e de seu trabalho, do bem-estar de
todos. Não pode haver paz nem harmonia sem justiça. Enquanto o egoísmo de uns
se nutrir dos sofrimentos e das lágrimas de outros, enquanto as exigências do eu
sufocarem a voz do dever, o ódio perpetuar-se-á sobre a Terra, as lutas de interesse
dividirão os ânimos, tempestades surgirão no seio das sociedades.
LÉON DENIS
Fonte: Livro: O Caminho Reto – Léon Denis.
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