sexta-feira, 21 de agosto de 2015

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER / EMMANUEL - A CÓLERA / UM MINUTO DE CÓLERA


A CÓLERA


A cólera é responsável por alta percentagem do obituário no mundo, como legítimo fator de enfermidade e portadora eficiente da morte. Além disso, é também a raiz de grande parte dos males e perturbações que solapam a segurança dos trabalhos associativos na Terra.

Nos lares invigilantes, é o gênio escuro da discórdia.

Nas instituições respeitáveis, é o fermento da separação.

Nas vias públicas, é a porta de acesso ao crime.

Nos círculos da fé religiosa, é a brecha por onde se derramam os fluidos destruidores das trevas.

Nos gastrônomos, produz a hepatite.

Nos fracos, estabelece o abatimento letal.

Nos irritadiços, plasma os fenômenos epileptóides.

Nos invejosos e nos despeitados, engendra a loucura por efetuar a ligação imediata da alma com as entidades representativas de charcos espirituais deprimentes.

Nos maus, desperta os monstros do homicídio.

Nos corações desprevenidos, arroja as sementes envenenadas do vício.

Nos inconformados, desequilibra as paredes celulares do edifício orgânico, favorecendo a prosperidade do câncer.

Nos rebeldes, espalha as sugestões de suicídio.

Nos intemperantes mentais, provoca ingratas perturbações alérgicas e concretiza moléstias filiadas a diagnose indefinível.

Em toda parte, quando encontra guarida em algum coração menos consagrado à humildade e à fé, transforma-se em mensageira de terríveis obsessões, que somente a compaixão divina, apoiada na bondade humana, consegue reduzir ou curar.

Recebamos a experiência, por mais amargosa, com a luz da confiança no Senhor que, em nos oferecendo a prova, nos possibilita a purificação.

A presença na Terra é aprendizado.

Revoltar-se o homem, à frente da vida, é menosprezar o Mestre, aniquilar a oportunidade e perder a lição.

EMMANUEL

Médium: Francisco Cândido Xavier

Fonte: O Reformador – Fevereiro de 1955.




UM MINUTO DE CÓLERA


Um minuto de cólera pode ser uma invocação às forças tenebrosas do crime, operando a ruptura de largas e abençoadas tarefas que vínhamos efetuando na sementeira do sacrifício.

Por esse momento impensado, muitas vezes, esposamos escuros compromissos, descendo da harmonia à perturbação e vagueando nos labirintos da prova por tempo indeterminado à procura da necessária reconciliação com a vida em nós mesmos.

Pela brecha da irritação, caímos sem perceber nos mais baixos padrões vibratórios, arremessando, infelizes e incontroláveis, os raios da destruição e da morte que, partindo de nós para os outros, volvem dos outros para nós, em forma de angústia e miséria, perseguição e sofrimento.

Em muitos lances da luta evolutiva, semelhante minuto é o fator de longa expiação, na qual, no corpo de carne ou fora dele, somos fantasmas da aflição, exibindo na alma desorientada e enfermiça as chagas da loucura, acorrentados às conseqüências de nossos erros a reagirem sobre nós, à feição de arrasadora tormenta.

Se te dispões, desse modo, à jornada com Jesus em busca da própria sublimação, aprende a dominar os próprios impulsos e elege a serenidade por clima de cada hora.

Ama e serve, perdoa e auxilia sempre, recordando que cada semente deve germinar no instante próprio e que cada fruto amadurece na ocasião adequada.

Toda violência é explosão de energia, cujos resultados ninguém pode prever.

Guardemos o ensinamento do Cristo no coração, para que o Cristo nos sustente as almas na luta salvadora em que nos cabe atingir a redenção, dia a dia.

EMMANUEL

Médium: Francisco Cândido Xavier

Fonte: Livro: Semeador em Tempos Novos, Francisco Cândido Xavier/Emmanuel.

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