quarta-feira, 3 de maio de 2017

AUTORES DIVERSOS (ESPÍRITAS E NÃO ESPÍRITAS) - HOMENAGEM AO DIA DAS MÃES



AUTORES DIVERSOS

(ESPÍRITAS E NÃO ESPÍRITAS)

HOMENAGEM AO DIA DAS MÃES

   
AMOR DE MÃE
 
Passados os anos, mãezinha, recordo-te na simplicidade do lar e inda vejo o teu rosto de santa...
Inda sinto as tuas mãos em carícias ternas, aconchegando-me a alma de encantos e doces lembranças!
Caminho e sinto presentemente, que de todas as messes auferidas na terra, a bênção dos teus cuidados, mamãe, foi o mais precioso abrigo, o estímulo maior e o mais seguro itinerário...
Todas as dores que colhi...
Todas as lágrimas que verti...
Todos os equívocos que sofri...
Foram, certamente, o retorno amargo das decepções ardentes, contudo, sempre obtive de teu coração desvelado, a consolação e o lenitivo, curando-me as chagas da alma equivocada.
Agora ao regressar das vãs excursões pelas ilusões do mundo, alquebrado e desiludido, não mais tu estás, todavia, mãe querida, inda sinto os teus braços carinhosos a se estenderem para mim, como se nunca cessassem de me aguardar...
Ainda o teu calor me abriga e as tuas orações são luzes abençoadas a promanarem bênçãos do céu, onde tu estás, sobare a minha vida!
O tempo esgota-se no carrossel da vida e hoje reconheço, que a Infinita Misericórdia de Deus concedeu-me o teu amor por magnífica dádiva e onde tu estiveres, agora e sempre, guie os meus passos de menino, na infinda peregrinação pela Eternidade!


MARIA DE JESUS
Um Espírito Amigo


Médium: Helaine Coutinho Sabbadini
Fonte: Livro: Cartilha Evangélica – Helaine Coutinho Sabbadini – Espíritos Diversos.




MÃE, DEUS TE ABENÇOE!


Quero mãezinha, agradecer-te, em festa, por tudo que me dás ao coração, entretecer-te uma canção modesta, mas todo esforço é em vão...
Se pudesse dizer a gratidão que sinto por teu santo carinho protetor, precisaria conhecer na essência toda a glória do amor.
Tens o segredo da Bondade Eterna, Deus me acena e sorri por tua face...
Não há sábio no mundo que defina o Sol quando aparece, o lírio quando nasce!...
Falar de ti, mostrar-te? Isso seria como explicar da Terra, olhando a Altura, a doce maravilha de uma estrela a guiar o viajor em noite escura.
Converto em prece o reconhecimento, que em meu peito humilde se extravasa, rogando ao Céu te envolva em rosas de ventura, anjo sustentador de nossa casa!...
Deus te guarde, mãezinha, pelo berço, descuidado e risonho, em que me acalentaste para a vida, como flor de teu sonho.
Deus te compense pelas noites tristes de aflição que te dei, pelo perdão de tantas vezes, tantas ! ... Quantas foram, não sei...
Deus te enalteça a fonte de ternura, que nunca se enodoa e nem se cansa, pelo cuidado com que restauras, ante o dom do trabalho e a força de esperança...
Perdoa se te oferto unicamente, na minha devoção de todo dia, o meu ramo de flores orvalhadas nas lágrimas que choro de alegria!
Com júbilos divinos, Mãe querida, que a Celeste Bondade te coroe!...
Por tudo o que nos dá nos caminhos da vida, deus te exalte e abençoe!


MARIA DOLORES


Médium: Francisco Cândido Xavier
Fonte: Livro: Mãe – Antologia Mediúnica – Francisco Cândido Xavier/Espíritos Diversos.



Se uma mãe tem dois filhos e um deles está doente, ela dará à criança o remédio prescrito, ainda que seja amargo.  A outra criança pode comer aquilo que pedir.  Isto não quer dizer que a mãe ama uma criança mais que a outra.  Ela compreende que o que ela faz é para o bem da criança, embora possa ser desagradável.  Deus é como uma mãe, sempre tomando conta do bem-estar dos Seus devotos e os conduzindo,  em segurança,  através da vida. 

SATHYA SAI BABA
Educador místico hindu - 1926-2011





SER MÃE...

Quando todos te condenem
quando ninguém te escutar,
ela te escuta e perdoa,
pois ser mãe - é perdoar!

Quando todos te abandonem
e ninguém te queira ver,
ela te segue e procura
pois ser mãe - é compreender!

Quando todos te negarem
um pão, um beijo, um olhar,
ela te ampara e acarinha
pois ser mãe - sempre é se dar!


JOSÉ GUILHERME DE ARAÚJO JORGE
Poeta e político brasileiro - 1914-1987.

Fonte: Livro: Trevo de Quatro Versos – 1ª edição – 1964. 
 



Os braços de uma mãe são feitos de ternura e as crianças dormem profundamente neles. 

VICTOR HUGO
 Escritor, poeta, dramaturgo, ativista dos direitos humanos e expoente do movimento romântico francês- 1802-1885
 


AMOR MATERNO

O amor materno é semente divina lançada no coração da mãe, para que ela possa cuidar com mais eficiência dos seus filhos. No entanto, a razão vem nos alertar para que não possamos traduzir esse amor em apego, comumente visto em demasia em alguns pais.
Os animais têm esse amor, na dimensão dos instintos, porém, quando se não faz mais necessário, eles o esquecem, entregando os filhotes à natureza e, certamente, aos Espíritos que cuidam dos animais em todas as suas sequências de vida. Nas criaturas humanas, esse amor avança mais e por vezes ultrapassa o túmulo, e mesmo várias reencarnações, principalmente na personalidade da mãe, onde o coração responde a todas as ansiedades no que tange ao amor materno, às vezes com uma grande mistura de apego desnecessário. Mas, a vida vai lhes ensinando que todos somos irmãos. O amor do animal é instinto; o da mãe, alcançou outra dimensão de vida.
A lei da reencarnação é uma escola de equilíbrio. Enquanto em uma vida abraçamos como filhos certa quantidade de companheiros, em outra isso já podemos mudar e termos outros, como também podemos passar a ser filha ou filho em vez de mãe ou em vez de pai. Essas mudanças têm a finalidade de educar os Espíritos, no que se refere ao amor.
Nem tanto quanto o animal, nem quanto o homem, mais tarde a intuição feminina vai vigorar e fazer compreender o coração até onde ele pode ir com o amor maternal, para que se torne verdadeiro amor universal, como de Deus para a humanidade. Devemos sempre, nestas horas, buscar Jesus para compreendermos o que e quando devemos amar ajudando.
Meditemos em Lucas, no capítulo vinte e um, versículo trinta e três, que assim anotou:
Passará o céu e a Terra, porém as minhas palavras não passarão.
As palavras de Jesus, no que se refere à educação dos povos, não passaram. Quando Ele estava na Terra, a serviço de Deus, e Sua mãe e irmãos O buscaram, como foi a Sua resposta? O amor aos pais mudou para o amor a Deus sobre todas as coisas.
O amor dos pais se limita às necessidades, enquanto o de Deus é sem limite, por sermos todos iguais, na igualdade do amor que nos criou. O amor materno, consciente, e o instintivo do animal têm a mesma fonte, porém, se expressam de formas diversas, de acordo com as necessidades de quem precisa dele. Deus atende a todos com o mesmo amor, só que cada um recebe o que precisa receber, na pauta da sua própria vida.
A mãe de amanhã vai reconhecer o verdadeiro amor para com seus filhos, porque ele, além das necessidades, prejudica e cria dificuldades para o filho, que deve aprender muitas coisas a sós, sem a intervenção dos pais.
No mundo espiritual notam-se muitas mães sofrendo com as lições que os filhos devem aprender, desejando, e mesmo pedindo, para que eles não sofram o que eles mesmos criaram, embora eles precisem passar por determinados testemunhos. Por vezes, elas são retiradas de perto dos seus tutelados, para que eles sejam eles mesmos. No entanto, os pais, nos mundos elevados, não interferem nas provas dos filhos; apenas insuflam ânimo nos seus corações para que passem por todos os infortúnios com coragem. Esses pais são felizes, vendo seus filhos vencerem todas as dificuldades do caminho.

MIRAMEZ


Médium: João Nunes Maia
Fonte: Livro: Filosofia Espírita XVIII –João Nunes Maia/Miramez – Editora Espírita Cristã Fonte Viva.




 

Um filho gritava diante da mãe, moribunda: "Foste a melhor mãe da terra"! Fora uma boa viúva que tinha lutado e sofrido muito para educar seu filho; contudo era agora a primeira vez que esse filho mostrava reconhecer tanta virtude. Por isso a moribunda, volvendo para o filho os olhos já virados, murmurou: "Por que não disseste isto antes, João"?
Notai que alento não teria dado o filho àquela pobre mãe, quando vivia e lutava, se lhe patenteasse amor e justo reconhecimento pelos seus sacrifícios! Como ele iluminaria, como encheria de sol a sua vida tão dura e fatigante.

ORISON SWETT MARDEN
Escritor americano motivacional (otimismo e confiança), criador da Revista Sucesso - 1850-1924.

Fonte: Livro: O Sucesso pela Vontade - Orison Swett Marden.

  
MINHA MÃE...

Da pátria formosa distante e saudoso,
Chorando e gemendo meus cantos de dor,
Eu guardo no peito a imagem querida
Do mais verdadeiro, do mais santo amor;
- Minha Mãe!

Nas horas caladas das noites d’estio
Sentado sozinho co’a face na mão,
Eu choro e soluço por quem me chamava
- Ó filho querido de meu coração! –
- Minha mãe!

No berço, pendente dos ramos floridos,
Em que eu pequenino feliz dormitava:
Quem é que esse berço com todo o cuidado
Cantando cantigas alegres embalava?
- Minha Mãe!
 
De noite, alta noite, quando eu já dormia
Sonhando esses sonhos dos anjos dos céus,
Quem é que meus lábios dormentes roçava,
- Minha Mãe!

Feliz o bom filho que pode contente
Na casa paterna de noite e de dia
Sentir as carícias do anjo de amores,
Da estrela brilhante que a vida nos guia!
- Minha Mãe!

Por isso eu, agora, na terra do exílio
Sentado sozinho co’a face na mão,
Suspiro e soluço por quem me chamava:
- Ó filho querido do meu coração! –
- Minha Mãe!

CASIMIRO DE ABREU
Poeta romântico brasileiro - 1839-1860

  
Quando Deus tem seu altar no coração da mãe, a casa toda se torna seu templo.

Gertrud Von Lê Fort
Escritora alemã - 1876-1971

  

DESTELLOS DE MAMÁ
 

Gracias Mamá por darme la vida, esta maravillosa vida que, ¡sí vale la pena vivirse como tú me has enseñado!
Gracias Mamá por alimentarme siempre el alma y el cuerpo, por darme en toda ocasión lo mejor, TU AMOR, para que yo crezca libre y feliz.
Gracias Mamá por enseñarme con tu vida a disfrutar de todas las maravillas que Dios ha creado, la belleza de las flores, el canto de los pajarillos, la inmensidad del mar, las estrellas del cielo, las nubes, todo, pero de manera especial por enseñarme a DAR AMOR en todos los momentos del día.
Gracias Mamá por tu valioso consejo al decirme: "procúrate ratos buenos, que los malos te vienen solos'', de esa manera me enseñaste a fabricar felicidad a pesar de no sentirme bien en algunas ocasiones, pero siempre sé que puedo dar a todos una sonrisa, una mirada, mi alegría de vivir que viene de ti. Aprendí con tu ejemplo a ser fuerte de espíritu cuando el viento me está siendo contrario, a ser positiva en todos los acontecimientos de mi vida.
Gracias Mamá por enseñarme "que lo que no me da fuerzas, me las quita''.
Gracias Mamá por decirme "que los excesos hasta en lo bueno, son malos''.
Gracias Mamá porque me has enseñado a DAR Y DARME a cada instante, por hacerme ver que puedo ser útil, que puedo escuchar como me escuchas tú, que puedo consolar como me consuelas tú, que puedo amar como me amas tú, que tomando mis manos entre la tuyas me dices con infinita ternura: "quisiera transmitirte vida con mi vida''.
Gracias Mamá por enseñarme a rezar, como rezas tú, a disculpar como disculpas tú, a perdonar como perdonas tú, pero sobre todo gracias Mamá por ayudarme a aceptar con PAZ mi realidad por más dolorosa que parezca o sea tú me has enseñado a confiar en Dios, a esperar con FE, a pedir ayuda a El para ser mejor.
Gracias Mamá por enseñarme que sólo se puede vivir bien con mi espíritu alimentado por medio de la Oración y la Eucaristía, única fuerza verdadera que me permitirá VIVIR, CONVIVIR y SOBREVIVIR con PAZ el día de HOY. Por esto y mucho más.... ¡GRACIAS MAMA!

ANA MARIA RABATTÉ
(Ana Maria Rabatte Y Cervi)
Poetisa e escritora Mexicana - 1933-2010





 A MÃE E O FILHO


Lembro-me de que, quando estava cansado de correr, vinha sentar-me junto à mesa, na minha cadeirinha de menino.
Já era tarde, tinha acabado há muito tempo minha xícara de leite açucarado e meus olhos se fechavam de sono; mas eu não me movia; ficava tranqüilo e escutava. Como não havia de escutar?
Mamãe conversa com uma das pessoas presentes e o som de sua voz é tão brando, tão amável! Por si só ele diz tantas coisas ao meu coração!
Olho-a fixamente, com olhos escurecidos pelo sono e de repente ela vai ficando pequenina, pequenina...
“Estás dormindo, diz mamãe. Era melhor que te fosses deitar”.
 “Não tenho vontade de dormir, mamãe”.
Sonhos vagos, mas deliciosos, enchem minha imaginação; o bom sono da infância fecha as minhas pálpebras e, no fim de um instante, estou dormindo. Sinto sobre mim, através do meu sono, uma mão delicada; reconheço-a só pelo contato e, dormindo embora, tomo-a e aperto-a muito nos meus lábios.
Todo o mundo se dispersou. Só resta uma vela acesa na sala. Mamãe disse que trataria de me acordar. Ela se senta na poltrona onde estou dormindo, passa a mão em meus cabelos, inclina-se ao meu ouvido e murmura com sua linda voz que conheço tão bem:
“Levanta-te, meu coraçãozinho, já é hora de dormir”.
Nenhum olhar estranho a perturba: ela não teme derramar sobre mim toda a sua ternura. Não me mexo, mas beijo a sua mão com mais força ainda.
“Levanta-te, meu anjo”.
Ela põe a outra mão no meu pescoço e me faz cócegas com os dedos; sentou-se juntinho de mim, toca-me e eu ouço a sua voz: levanto-me de um salto, lanço os braços em volta do seu pescoço murmurando:
“Ó mamãe, querida mamãezinha, como eu te amo”.

LÉON TOLSTOI
 (Lev Nikoláievich Tolstoi)
 Escritor russo - 1828-1910



 


Na terra, o amor mais perfeito é o amor materno. É o que mais se assemelha ao que Deus nos consagra. Nenhum amor vai tão longe, em profundeza e desinteresse.

LUDOVIC GIRAUD
Escritor e Sacerdote


A mãe futura ensinará a seu filho a acalmar a febre da ira, do ódio e da malícia com a grande panacéia: o amor. O medico do porvir ensinará às pessoas a prática prazenteira das boas ações com o tônico do coração e elixir da vida, pois um coração alegre vale pela melhor medicina.


RALPH WALDO TRINE
Escritor americano do Novo Pensamento e Professor –
 1866-1958.


O progresso do Reino de Deus depende de mais influência fervorosa, sábia e piedosa das mães que de quaisquer outros elementos.

THEODORE CUYER
Ministro presbiteriano e escritor religioso americano –
 1822-1909

Se me enforcassem na mais alta montanha, sei, ó mãe! Que até ali me seguiria o teu amor. Se no mais profundo mar me afogara, sei, ó minha mãe! Que até mim chegariam as tuas lágrimas. Se me maldissessem em corpo e alma, ó minha mãe! Sei que as tuas orações invalidariam a maldição.

RUDYARD KIPLING
Escritor e poeta britânico - 1865-1936


Mãe é o nome de Deus nos lábios e corações das crianças pequenas.

WILLIAM MAKEPEACE TACKERAY
Romancista britânico – 1811-1863


Ser mãe é andar chorando num sorriso. Ser mãe é ter um mundo e não ter nada. Ser mãe é padecer no paraíso.

COELHO NETO
HENRIQUE MAXIMIANO COELHO NETO
1864-1934




MÃE




Meu distinto amigo: Disse o príncipe dos poetas castelhanos que “se o homem é um mundo abreviado, a mulher é o céu deste mundo”. Devemos acrescentar – e a mãe o sol deste céu.



Como o sol, ela é luz, calor, fecundidade. Como o sol, alumia, aquece, alegra, move, alenta, expande, acaricia, seduz, fascina, atrai. O que é o sol perante os astros, é-o a mãe perante os povos – o ponto cêntrico da vida, a fonte da família, a chave da sociedade.



Cooperadora da Providência, e complemento do homem, a mãe gera, nutre, educa; dá forma, brilho e esmalte à existência; é a autora maravilhosa e a destra escultura dos seres. Não houve ainda e não haverá jamais criatura mais adorável do que ela é.



Que coração mais terno, que amor mais pulcro, que ministério mais perfeito do que o ministério, o amor, o coração de mãe? Onde desponta um sorrir que seja ligeiramente comparável ao doce sorrir de uma boa mãe? Onde um olhar que se pareça ao seu olhar? Onde um suspiro com esse suspiro materno, que é como um suspiro da alma, que só pode assemelhar-se à voz dos espíritos? Onde um canto, igual a esse melancólico, plangentíssimo, cujas notas caem sobre o berço como gotas de luz, como lágrimas de fogo quando a mãe embala e arrulha seu filho? Que verbo mais eloqüente, que eloqüência mais sublime, que sublimidade mais angélica que a sua fala quando fala de Deus, do homem, do mundo, do céu e da terra, da morte e da imortalidade, das eternas esperanças e dos infinitos amores? Que beijo como os seus beijos? Que abraço como os seus abraços? Que afago como os seus afagos? Que desvelo como os seus desvelos? Que abnegação como as suas abnegações? Que ensino, que alimento como os seus alimentos e ensinos?





ALVES MENDES
(Antônio Alves Mendes da Silva Ribeiro)
Religioso, Orador e Escritor sacro Português – 1838-1940





Livro: Orações e Discursos – 3ª edição – 1945 – Livraria Lello e& Irmão, Editora.


Nenhuma linguagem pode expressar o poder, a beleza, o heroísmo e a majestade do amor de uma mãe. Não se encolhe quando o homem se acalenta, e cresce mais forte onde o homem desmaia, e sobre os desperdícios de fortunas mundanas envia o brilho de sua fidelidade inabalável como uma estrela.
     
EDWIN HUBBELL CHAPIN
Pregador, poeta e escritor americano – 1814-1880
 

Nós nascemos do amor; o amor é nossa mãe.

JALAL AD-DIN RUMI
Poeta, escritor, jurista e teólogo místico sufi persa, fundador da Ordem dos Dervixes Dançantes - 1207-1273

 

RAINHA E SANTA





Mãezinha querida:



No silêncio em que te guardas, escuta o meu carinho em forma de melodia de gratidão.



Estrela em noite escura. Deus te  abençoe!



Anjo do céu nos vales da terra, louvada sejas!...



Santa do amor e do sacrifício, orai por nós!...



Quando uma grande dor te abate, ninguém te ouve o gemido, mas quando a noite é muita escura, todos enxergam a tua lâmpada estelar.



No abandono a que te relegas, nenhuma voz te aquece o frio da solidão, todavia, quando a tempestade ruge em torno dos teus filhos, logo surges, angelical como emissária de Deus.



Nos testemunhos sacrificais, com pranto e álgido suor, nenhum coração corre ao teu encontro, colocando bálsamo nas tuas feridas ou refrigério na ardência do teu desespero, no entanto, quando a guerra do mal estruge violenta, qual hidra hiante, logo te ofereces, santificada para o supremo holocausto, a fim de que te poupem os teus rebentos.



Ninguém te recorda no triunfo, entretanto, ninguém te dispensa na aflição.



Quando a felicidade adorna os teus filhos e a neve embranquece os teus cabelos, quantos te relegam as dependências imundas do quintal, esquecidos de que és a luz dos seus olhos e o calor dos seus corpos?!



Nada dizes, porém, fingindo-te feliz!



Enquanto dormem em leitos custosos, muitas vezes, não tens onde dormir, demorando-te em vigílias longas, pensando na tranquilidade deles.



Quantos te alegam o pão amargo que te afligem o estômago enfermo?!  E nunca, uma vez sequer, lhes falaste do leite nascido na concha das tuas entranhas para que vivessem, embora, lentamente a vida deles arrebatasse a tua.



Outros fingem não te enxergar, quando passas, e jamais te esquivaste a sofrer-lhes o escárnio ou a ofensa, enquanto os visses.



Rainha dos Céus, exilada na Terra, no dia de todas as mães, recebe as minhas flores de carinho, colhidas no jardim do afeto imorredouro, a fim de que, alguém, quando vestida de luzes partires da Terra em direção ao Reino da Ventura Inefável, escreva com o orvalho das minhas lágrimas de gratidão, na terra úmida recoberta de flores:  “Saudade de uma santa dos jardins do Céu.”





                        AMÉLIA RODRIGUES



Médium: Divaldo Pereira Franco



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