Pode contar um médium, de maneira
absoluta, com os seus guias espirituais, dispensando os estudos?
Os mentores de um médium, por mais dedicados
e evoluídos, não lhe poderão tolher a vontade e nem lhe afastar o coração das
lutas indispensáveis da vida, em cujos benefícios todos os homens resgatam o
passado delituoso e obscuro, conquistando méritos novos.
O médium tem obrigação de estudar muito,
observar intensamente e trabalhar em todos os instantes pela sua própria
iluminação. Somente desse modo poderá habilitar-se para o desempenho da tarefa
que lhe foi confiada, cooperando eficazmente com os Espíritos sinceros e
devotados ao bem e à verdade.
Se um médium espera muito dos seus guias, é
lícito que os seus mentores espirituais muito esperem do seu esforço. E como
todo progresso humano, para ser continuado, não pode prescindir de suas bases já
edificadas no espaço, sempre que possível, criando o hábito de conviver com o
espírito luminoso e benéfico dos instrutores da Humanidade, sob a égide de
Jesus, sempre vivo no mundo, através dos seus livros e da sua exemplificação.
O costume de tudo aguardar de um guia pode
transformar-se em vício detestável, infirmando as possibilidades mais preciosas
da alma. Chegando-se a esse desvirtuamento, atinge-se o declive das mistificações
e das extravagâncias doutrinárias, tornando-se o médium preguiçoso e leviano
responsável pelo desvio de sua tarefa sagrada.
EMMANUEL
Médium: Francisco Cândido Xavier
Fonte: Livro: O Consolador - Item: 392 - Francisco Cândido Xavier/Emmanuel.
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