A SANTIDADE
1º de Novembro de 1873
O que é um santo? Eu
deveria, antes, dizer o que é preciso para ser um santo?
Será preciso uma
vida exclusivamente consagrada a realizar sua própria salvação?
Será preciso uma
vida de dedicação ilógica e frequentemente pouco razoável?
Será preciso uma palma,
um martírio fanático, sem mesmo, por vezes, saber por qual idéia se oferece a
vida?
Será preciso essa
ciência que dará, sem medida, aos grandes aos poderosos, e que subtrairá, sem
misericórdia, dos fracos e dos pequenos?
Será preciso, para
ser santo, ter dedicado sua vida a escrever belos livros, de uma utilidade
algumas vezes exclusiva; a elaborar belos sermões, claros apenas para alguns; a
pregar virtudes cuja prática se ignora completamente?
Volto à minha
primeira indagação. O que é um santo?
Um santo é, ou
deveria ser, um homem perfeito.
Um santo é aquele
que, sabendo o que faz, que, tendo aprendido, dá, sem reserva, seu saber e seu
devotamento.
Um santo é o homem
profundamente convencido de que não irá, para professar sua idéia, enfrentar um
sofrimento inútil, mas que saberá manejar suas forças, sem recuar perante outra
qualquer, quando se tratar de estabelecer e de consolidar os princípios da
felicidade de todos.
Um santo é um homem
isento de orgulho que muito aprenderá, para poder ensinar amplamente.
Um santo é o que,
pela força de sua vontade, pelo poder de suas virtudes conquistadas, pela
pureza e pela simplicidade de sua prece, irá, se necessário, aos pés do
Todo-Poderoso buscar a fagulha e, novo Prometeu, trará o fogo à Terra!
Santo é aquele que
sabe sofrer quando seu sofrimento é um progresso.
Santo, é aquele
cujos fluidos têm propriedades atrativas conduzindo à perfeição, ao amor!
Santo, todo ser
grande que sabe fazer-se pequeno para o bem geral; isto em todas as religiões,
em todas as nações, em todos os mundos.
FÉNELON
Médium: Mme. W.
KRELL
Fonte: Livro
Irradiações da Vida Espiritual - Mme. W. Krell – Comunicações dos Espíritos - Editora Camille Flammarion.
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