AUTORES DIVERSOS
ESPÍRITAS E NÃO ESPÍRITAS
A CARIDADE
PARTE III
CRISTO-CARIDADE
Mas um samaritano, que ia de viagem,
chegou ao pé dele, e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão.
Lucas, 10:33
Caridade é a
amplitude do Amor, que avança com as forças que lhe cabe, na engenhosa função
da vida. Amor é o beijo de Deus no coração da criatura. Um espírito caridoso
sentirá, de vez em quando, uma implosão de luz no centro da própria vida,
caindo com isso em êxtase diante d’Aquele que criou todas as coisas da
continuação do existir em todos os rumos do infinito.
Caridade é Cristo
com os braços abertos comunicando-se conosco, perfumando nossos caminhos,
quando servimos por servir, e amamos por amor.
0 Evangelho nos
mostra o bom samaritano como símbolo da caridade, compadecendo-se dos sofredores,
pois, quando encontra um seu semelhante ao lado do caminho, doente, além de
falar-lhe com palavras de fé e carinho, usa da bolsa, que representa o fruto do
seu trabalho, e faz valer a sua ação na casa de saúde, pagando-lhe as despesas,
para a sua recuperação.
É fácil saber quando
o Cristo está andando lado a lado contigo: consulta os teus sentimentos, dando
um intervalo no que estiveres fazendo, e vês qual a qualidade dos teus
pensamentos. Se te induzirem a benevolência, ao perdão sem mágoa, a alegria sem
espera de compensação, se as tuas ideias forem convertidas na suavidade do
Amor, que por vezes esquece a si mesmo, para doar mais aos outros, eis que é
Ele, o Mestre, aproximando-se de ti. Respira, então, com alegria, essa
atmosfera do céu que Ele te traz na Terra, e cumpre a vontade do teu coração
que pulsa no teu peito, no ritmo d'Aquele que veio ao mundo por amor de Deus
aos Seus filhos e pela Sua própria caridade, em um carro de luz que as estrelas
lhe conferiram na esteira dos tempos incontáveis.
Se desejas
avaliar-te a ti mesmo, as normas usadas são fáceis: busca as páginas escritas
pela vida que levas todos os dias e compara com a vida de Jesus, O que não
conferir, vai consertando em todos os momentos um pouquinho, que aquela
persistência de que nos fala e anima o Evangelho acabará te facultando recursos
para acompanhar o Divino Amigo, que sempre nos espera, aguardando nossa chegada
no portai da salvação, pela viagem do esforço próprio.
Cuida também de
vigiares a ti mesmo, para não gastares muito tempo somente pensando no que vais
fazer; quem pensa demais está sujeito a cair no ostracismo referente aos
conceitos do Cristo. O sábio canaliza os pensamentos para o Bem e age
imediatamente, para que não perca energia sem ter um objetivo valioso.
As dificuldades
iniciais são somente para os neófitos; quando habituares a harmonia mental e
aos segredos do Amor, não terás mais medo da vida, pois, ela passará a cooperar
contigo, no teu programa constante de seres útil.
Sê um samaritano
evangélico, e agradece aos Céus pela presença de Filipe, Pedro e João na
Samaria do teu coração, onde puseram a descoberta o tesouro grandioso da vida,
a Caridade.
Procura não
alimentar a discórdia; desfaz-te deste ambiente imprudente com o silêncio, com
a oração e com a fé na presença de Deus em ti, e estende as mãos ao Cristo,
firmando no Amor permanentemente, que Ele, Cristo-Amor, Cristo-Caridade,
libertar-te-á de todas as peias da ignorância.
Caridade não é só
dar pão a quem tem fome, nem somente vestir aos nus: ela se estende a todos os
sistemas de ajudar, ela é uma voz que fala até no silêncio, ela é um silêncio
que fala até no vozerio... Ela é a mão que ajuda, ela é a mão que descansa; ela
é quem acaricia, ela é quem disciplina, ela é quem dá, e por vezes quem nega.
Ela é Cristo
abençoando, ela é Cristo expulsando os vendilhões do templo.
Ela é Jesus nascendo
em uma estrebaria, no esplendor do cântico dos Anjos; ela é Jesus sangrando na cruz,
onde as notas eram lágrimas, e os sons, rugido de feras humanas.
Caridade é paz,
caridade é amor; caridade se faz até com o aguilhão da dor; caridade é o vento,
caridade é a água, caridade é a Terra, caridade é Deus pelas mãos do Cristo de
ano a ano nos transformando em bons samaritanos!
Mas um samaritano, que ia de viagem,
chegou ao pé dele, e, vendo-o, moveu-se de Intima compaixão.
MIRAMEZ
Médium: João Nunes Maia
Fonte: Livro: Cristos – João Nunes
Maia/Miramez
Era uma vez uma mulher
idosa em Paris. Era inverno e dezembro estava próximo. Muitas pessoas pobres
estavam dormindo nas ruas e tremendo de frio. Ela passava pelas ruas e as
cobria com um cobertor. Ela completou o trabalho sem qualquer problema ou
ruído. Com o tempo, as pessoas da cidade vieram a saber sobre ela. Elas se
perguntavam por que esta humilde senhora, que também estava lutando para viver
conforme suas rendas, procurava ajudar os outros! Quando as crianças costumavam
lhe perguntar: "Vovó, por que está andando com a cabeça baixa? Você é uma
grande pessoa.", ela respondia com humildade: "Deus está nos dando
tudo com muitas mãos, e eu estou dando com uma única mão. Isso não é uma
vergonha para mim?" Muitas grandes pessoas mundo afora têm colocado diante
de nós os elevados ideais de caridade.
SATHYA
SAI BABA
Educador
místico hindu - 1926-2011.
A
LENDA FORMOSA
(Trecho)
“Sozinho em sua cela,
Ajoelhado no chão de pedra,
O monge rezava em profunda contrição
Por seus pecados de indecisão,
Rezava por maior renúncia
Na tentação e na provação;
O mostrador meio dia marcava.
E o monge sozinho em sua cela estava”.
“De repente, como num relâmpago.
Um desusado esplendor iluminou
Tudo dentro e fora dela,
E nessa estreita cela de pedra ficou;
E ele teve a Abençoada Visão
De Nosso Senhor, com a Luz do Eliseu
Como um manto envolvendo-O.
Como uma veste abrigando-O”.
Contudo, este não era o Salvador sofrido, mas o Cristo que alimentava os famintos e curava os enfermos.
“Em atitude de prece,
As mãos sobre o peito cruzadas,
Referente, adorando, assombrado,
O monge, perdido em êxtase, ficou ajoelhado”.
“Depois, em meio à sua exaltação,
Bem alto e assustador o sino do convento,
Em seu campanário chamando, chamando,
Por pátios e corredores tangeu
Com persistência badalando,
Como nunca antes sucedeu”.
Esse era o chamado para seu dever de alimentar os pobres, como Cristo o fizera, pois ele era o esmoler da Irmandade.
“Profunda angústia e hesitação
Misturava-se à sua adoração;
Deveria ir, ou deveria ficar?
Poderia os pobres esperando deixar
Famintos no portão,
Até que se desvanecesse a Visão?
Poderia ele seu brilhante hóspede desfeitear?
Seu visitante celestial desconsiderar
Por um grupo de esfarrapados, bestiais
Mendigos no portão do convento?
Será que a Visão esperaria?
Será que a Visão voltaria?
Então, uma voz dentro do seu peito
Audível e clara sussurrou,
E ele, externamente escutou:
“Cumpre teu dever; isso é o certo,
Deixa aos cuidados do Senhor o resto!”
“Imediatamente pôs-se de pé,
E com um ardente e decidido olhar
Dirigido à abençoada Visão,
Lentamente deixou sua cela,
Lentamente foi cumprir sua missão”.
“No portão, os pobres estavam esperando
Através do gradil de ferro olhando,
Com esse terror no olhar
Que só se vê naqueles
Que no meio de suas misérias e desgraças
Ouvem o som de portas a se fechar.
E de passos que deles correm;
Com o desdém familiarizados,
Com o sabor acostumados
Do pão pelo qual os homens morrem!
Mas hoje, sem o porque saber,
Como a porta do Paraíso
Parecia-lhes a porta do convento ser!
E como um divino Sacramento
Parecia-lhes o pão e o vinho do convento!
Em seu coração o Monge estava orando,
Nos pobres sem teto pensando,
O que sofrem e suportam,
O que não vemos, e o que vemos enfim,
E uma voz lá dentro dizia:
“O que quer que faças
Ao último e menor dos meus,
O fazes a Mim!”
Vindo a ele em farrapos,
Como um mendigo implorando,
Ter-se-ia ajoelhado em adoração?
Ou teria ouvido com escárnio
E ter-se-ia afastado com aversão”...
“Assim questionou sua consciência,
Cheia de importuna insinuação,
Quando, por fim, com passos apressados
Em direção à sua cela sua face
Contemplou o convento iluminado
Por uma luz sobrenatural,
Como uma nuvem luminosa se expandindo
Sobre o chão, e pelas paredes e tetos
subindo”.
“Mas parou com uma sensação de pasmo.
Em sua porta, no limiar, a Visão ainda lá
estava.
Como antes dele a deixar,
Quando o sino do convento assustador,
De seu campanário a chamar, a chamar,
Intimou-o para os pobres alimentar.
Pela longa hora que mediou,
Esperando seu regresso ficou.
E sentindo seu coração inflamado
Compreendendo o significado,
Quando disse o Vulto Amado:
“Eu teria desaparecido, se tu tivesses ficado!”
Na tentação e na provação;
O mostrador meio dia marcava.
E o monge sozinho em sua cela estava”.
“De repente, como num relâmpago.
Um desusado esplendor iluminou
Tudo dentro e fora dela,
E nessa estreita cela de pedra ficou;
E ele teve a Abençoada Visão
De Nosso Senhor, com a Luz do Eliseu
Como um manto envolvendo-O.
Como uma veste abrigando-O”.
Contudo, este não era o Salvador sofrido, mas o Cristo que alimentava os famintos e curava os enfermos.
“Em atitude de prece,
As mãos sobre o peito cruzadas,
Referente, adorando, assombrado,
O monge, perdido em êxtase, ficou ajoelhado”.
“Depois, em meio à sua exaltação,
Bem alto e assustador o sino do convento,
Em seu campanário chamando, chamando,
Por pátios e corredores tangeu
Com persistência badalando,
Como nunca antes sucedeu”.
Esse era o chamado para seu dever de alimentar os pobres, como Cristo o fizera, pois ele era o esmoler da Irmandade.
“Profunda angústia e hesitação
Misturava-se à sua adoração;
Deveria ir, ou deveria ficar?
Poderia os pobres esperando deixar
Famintos no portão,
Até que se desvanecesse a Visão?
Poderia ele seu brilhante hóspede desfeitear?
Seu visitante celestial desconsiderar
Por um grupo de esfarrapados, bestiais
Mendigos no portão do convento?
Será que a Visão esperaria?
Será que a Visão voltaria?
Então, uma voz dentro do seu peito
Audível e clara sussurrou,
E ele, externamente escutou:
“Cumpre teu dever; isso é o certo,
Deixa aos cuidados do Senhor o resto!”
“Imediatamente pôs-se de pé,
E com um ardente e decidido olhar
Dirigido à abençoada Visão,
Lentamente deixou sua cela,
Lentamente foi cumprir sua missão”.
“No portão, os pobres estavam esperando
Através do gradil de ferro olhando,
Com esse terror no olhar
Que só se vê naqueles
Que no meio de suas misérias e desgraças
Ouvem o som de portas a se fechar.
E de passos que deles correm;
Com o desdém familiarizados,
Com o sabor acostumados
Do pão pelo qual os homens morrem!
Mas hoje, sem o porque saber,
Como a porta do Paraíso
Parecia-lhes a porta do convento ser!
E como um divino Sacramento
Parecia-lhes o pão e o vinho do convento!
Em seu coração o Monge estava orando,
Nos pobres sem teto pensando,
O que sofrem e suportam,
O que não vemos, e o que vemos enfim,
E uma voz lá dentro dizia:
“O que quer que faças
Ao último e menor dos meus,
O fazes a Mim!”
Vindo a ele em farrapos,
Como um mendigo implorando,
Ter-se-ia ajoelhado em adoração?
Ou teria ouvido com escárnio
E ter-se-ia afastado com aversão”...
“Assim questionou sua consciência,
Cheia de importuna insinuação,
Quando, por fim, com passos apressados
Em direção à sua cela sua face
Contemplou o convento iluminado
Por uma luz sobrenatural,
Como uma nuvem luminosa se expandindo
Sobre o chão, e pelas paredes e tetos
subindo”.
“Mas parou com uma sensação de pasmo.
Em sua porta, no limiar, a Visão ainda lá
estava.
Como antes dele a deixar,
Quando o sino do convento assustador,
De seu campanário a chamar, a chamar,
Intimou-o para os pobres alimentar.
Pela longa hora que mediou,
Esperando seu regresso ficou.
E sentindo seu coração inflamado
Compreendendo o significado,
Quando disse o Vulto Amado:
“Eu teria desaparecido, se tu tivesses ficado!”
LONGFELLOW
(Henry
Wadsworth Longfellow)
Poeta
americano - 1807-1882.
Fonte:
http://rosacruzrealfraternidade.blogspot.com/2008_03_30_archive.html
Caridade é língua
nacional que entendem até os bárbaros e os mesmos brutos; fala nesta língua e
logo serás bem ouvido.
Padre
Manuel Bernardes
Presbítero
da Congregação do Oratório de São Felipe Neri, escritor e orador português -
1644-1710.
A caridade é a
beleza da alma.
Frei
Luis de León
Monge
da ordem de Santo Agostinho, humanista, teólogo, poeta e tradutor
espanhol - 1527-1591.
A
MELHOR PEREGRINAÇÃO É A CARIDADE
Um dia, quando o Shaykh Abd Allah Mubarak (736-798) encontrava-se em Makka, viu em sonhos dois anjos descerem dos céus, perguntando-se quantos peregrinos haviam acudido aquele ano: "Seiscentos mil", disse um deles. "E quantos há cuja peregrinação tenha sido aceita?" "Nem um sequer", respondeu o outro anjo. "Entretanto, acrescentou, há em Damasco um sapateiro chamado Ali ibn Mufiq, que não efetuou a peregrinação em pessoa; pois bem, sua peregrinação foi aceita e lhe foi concedida a graça dos seiscentos mil peregrinos".
Quando despertou, o
shaykh decidiu ir à Damasco conhecer aquele sapateiro. Finalmente o encontrou e
lhe contou seu sonho.
Era um ancião que,
ao ouvir aquele relato, começou a chorar. Contou que trinta anos antes, após
haver poupado, a custa de grandes penas, trezentas e cinquenta moedas de ouro
para ir a Makka, soube que seus vizinhos passavam fome. Então, entregou-lhes a
soma dizendo-lhes: "Tomem o dinheiro para atender a vossos gastos, esta
será a minha peregrinação".
FARID
UD-DIN ATTAR
Poeta
persa - aprox. 1120-1221.
Fonte Farid ud-Din Attar, O Memorial
dos Santos
Site: http://poetasufi.blogspot.com/
A
CANÇÃO DA CARIDADE
Abrigai em vós a
caridade.
Para que não vos
ofenda a máscara da fome, no rosto de vossos irmãos; nem o desespero da mão
vazia que se estende, e muitas vezes colhe apenas o desprezo e o sarcasmo.
Para que a esperança
possa amparar a criança abandonada, e encontrar abrigo no coração do idoso
desassistido; para que o homem volte a crer em si mesmo.
A caridade sincera
não é senão o Amor, despido de todo egoísmo e envergando as suas vestes mais
nobres; na alegria de servir, encontra a própria recompensa.
Pois o homem
generoso é como a árvore dadivosa, que faz da doação de seus frutos a razão de
sua sobrevivência. Para ele, como para a árvore, reter é perecer.
E é como o rio, que fertiliza
a terra às suas margens. Ao seu redor, os amigos se multiplicam; a fama de sua
bondade o precede, e os anjos o receberão entre eles.
Enquanto o avarento
afunda no lamaçal do próprio egoísmo, que o impede de compartilhar os bens e a
alegria, e trava os seus passos no caminho do aprendizado.
Porque o medo
exagerado da miséria o faz passar privações desnecessárias e suportar o
tormento da sede, para economizar o alimento da sua despensa farta e a água do
seu poço cheio.
E, quando chegar o
seu dia, os anjos lhe voltarão as costas; e o Universo lhe pedirá contas dos
bens que lhe foram dados, para que mais leve se tornasse a jornada comum.
Pois, assim como a
nuvem recebe de volta a água da chuva que do chão se evapora, aquele que serve
aos seus irmãos receberá multiplicados os haveres que à caridade destinar.
Tende presente esta
verdade, quando na próxima esquina a criança carente vos estender a mão
desamparada; e em voz trêmula, ou no silêncio eloquente da fome, apelar à vossa
bondade.
Lembrai-vos, então,
de vossos próprios filhos. E não vos limiteis à oferenda apressada do alimento,
ou de uma simples moeda, mas envolvei-a em vosso carinho e fazei-a sentir o
vosso amor.
Pois é a vós que
cabe fazer brilhar em seu sorriso a luz da esperança; ou apagar de seus olhos a
crença no homem e acender em seu coração a chama ardente da revolta.
Que poderá queimar o
vosso futuro.
FLÁVIO
CRUZ
(Flávio
da Cruz Ferreira)
Notável
escritor brasileiro, cujas mensagens são inspiradas na obra de Gibran Khalil
Gibran - 1948.
Obras publicadas: Na Trilha do
Profeta e a Sabedoria de Hassan.
Se há
uma coisa que sempre nos garantirá o céu, são os atos de caridade e de
generosidade com que tivermos preenchido a nossa existência. Saberemos jamais o
bem que pode fazer um simples sorriso? Proclamamos que Deus acolhe, compreende,
perdoa. Mas somos a prova viva disso que proclamamos? Os outros detectam em nós
esse acolhimento, essa compreensão e esse perdão, vivos? Sejamos sinceros nas
nossas relações uns com os outros; tenhamos a coragem de nos aceitar uns aos
outros tal como somos. Não nos deixemos espantar nem preocupar com os nossos
fracassos nem com os fracassos dos outros; antes, vejamos o bem que há em cada
um de nós; descubramo-lo, porque todos nós fomos criados à imagem de Deus.
MADRE
TERESA DE CALCUTÁ
(Agnes
Gonxha Bojaxhiu)
Missionária
católica albanesa, nascida na República da Macedônia, e naturalizada indiana,
fundadora da Congregação: "Irmãs Missionárias da Caridade"
1910-1997.
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