ÚLTIMOS
E PRIMEIROS
“E
eis que haverá últimos que serão primeiros e primeiros que serão
últimos.”(Lc.,XIII:30)
Essas
palavras evangélicas estão, ao que parece, completamente esquecidas, mesmo
daqueles que começam a vislumbrar alguma luz, porquanto, entre estes, são
ainda raros os que não guardam o desejo de serem servidos, adulados, incensados
por aqueles que deles dependem para melhor caminhar.
Quanto aos demais,
aos que vivem mais para o mundo, tais recomendações não possuem nenhum valor,
pois seguem pela vida preocupados em conquistar os melhores lugares e as
posições de autoridade que lhes garantam a admiração dos que os rodeiam.
E esses pensam:
“- O céu está muito
distante! É algo problemático, ninguém sabe se existe mesmo. É melhor,
portanto, aproveitarmos, enquanto aqui estamos. Tiremos pois, as melhores vantagens
agora, porque o amanhã é muito incerto”.
Com esse raciocínio,
lançam-se ávidos à vida, esquecidos de que ela é dádiva celeste, que precisa
ser respeitada em todas as suas leis, sob pena de se transformar mais adiante
em impiedosa credora.
Preciso é que vossos
filhos, desde pequeninos, conheçam essa realidade.
Ante os que desejam
passar à frente dos outros, de qualquer maneira, deverão eles se manter na
atitude simples dos que aceitam os lugares conquistados sem prejuízo de
outrem. Ante os que vendem a paz de consciência para conquistar o poder,
deverão conservar a atitude serena dos que aceitam a posição que lhes couber no
quadro de realizações, dando o máximo de seu esforço e boa vontade no
cumprimento de suas tarefas, por mais humildes que elas sejam.
Mostrai-lhes a
importância de se imporem pelo equilíbrio de suas atitudes, pelo esforço
pessoal no cumprimento dos deveres, na lógica dos raciocínios, na alegria
dentro do trabalho, na atenção pelos semelhantes, na boa vontade em servir, no
desprendimento dos interesses materiais, no respeito pela vida.
Que observem o
transtorno que se cria quando se engana os semelhantes, habituando-se a
cumprir o que prometeram e a jamais prometerem o que não poderão cumprir.
Ensinai-lhes que os
deveres de consciência devem ser atendidos com presteza, a fim de que
conquistem o respeito dos que com eles convivem.
Observai-os
atentamente, porque só vós podereis estudar a reação própria de cada um e, mais
do que ninguém, perceber o estado psicológico em que se encontrem.
E não esqueçais que
em todas as lições que lhes derdes, o exemplo é sempre mais valioso do que
qualquer palavra.
Nos momentos de
alegria, nas decisões tomadas ante as surpresas da vida, possam eles entender
pelo vosso exemplo que, segundo o Evangelho, “os primeiros no Reino dos Céus”,
são os que se adiantam na conquista dos bens celestes e, de posse desses bens,
dispõem-se a “servir” sem receio de ser considerado como o último aos olhos do
mundo.
ICLÉIA
Médium: Brunilde
Mendes do Espírito Santo
Fonte: Livro: Como
Educar Meus Filhos – Brunilde Mendes do Espírito Santo/Icléia - Editora Lar de
Tereza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário