sexta-feira, 10 de julho de 2015

ANDRÉ LUIZ MORPANINI / MARIA MODESTO CRAVO - TODO AQUELE QUE FERE


TODO AQUELE QUE FERE! 
                                       

Naquela noite no alto do Horto Getsemani Jesus e seus discípulos foram surpreendidos pela turba guiada por Judas e a viram logo avançar; Pedro, o mais afoito decepou a orelha do soldado que ali cumpria o mandado de captura do Mestre. Jesus como nos narra o evangelista Mateus, no capítulo vinte e seis versículo cinqüenta e dois disse a Pedro: “Embainha a tua espada, pois todos que empunharem a espada pela espada perecerão”. Sucedendo o ocorrido, Jesus, mais uma vez, vai ao encontro dos mais necessitados e dá o testemunho de que “os sãos não precisam de médico”. Restaura a orelha decepada do algoz e instaura no coração de Malco, chocado pelo prodígio que presenciara uma dúvida. Que homem era aquele? Um feiticeiro? Um criminoso? Jesus capturado arreda dali e o soldado, entre lágrimas de arrependimento e dor, encontra a resposta que lhe angústia ainda mais. Ele é o esperado Messias...

Os tempos são outros, mas nós continuamos os mesmos. Sempre atentos nos atos alheios de espada em punho, não hesitamos em ferir companheiros com as nossas verdades. E o quanto nos arrojamos a caminhos sinuosos de dor por insistir que a “nossa verdade” prevaleça. Providos de uma mentalidade enganosa não nos cansamos de nos situar como vítimas das próprias ações. A pretexto de anestesiar a dor que fere o orgulho, despejamos a parcela de culpa sempre naqueles que nos seguem os passos nos diferentes planos da vida.

Na tarefa de assistência que nos propomos a realizar, edificando o bem por meio da fé, busca servir sem receio. Ao tentar tocar nas chagas das almas renitentes ao bem, não ouse prevalecer da atual posição que te encontras. Alguns são astutos peritos na arte de manipular nossos sentimentos de inferioridade. Compreendendo que estas mesmas almas se utilizam da tua fragilidade para se defenderem da arremetida das tuas palavras, não te perturbes. Não cabe a nós abandonarmos um bom combate. Infelizmente, quantos não cedem às investidas sistêmicas que sofrem, principalmente por automatizar as diminutas realizações no campo do socorro aos espíritos carentes. Arruina-se à nobilitante oportunidade de resgatar pela doação do amor, as dividas que todos trazemos do nosso passado.

Não olvidemos que a cura é precedida pela vontade e o exemplo fala mais que palavras. Se queres realmente auxiliar os Benfeitores Espirituais, não malbarateie o tempo. Na atualidade, com a velocidade que as horas escoam, saber aproveitar este tesouro valioso – “o tempo” – é sinal de comprometimento com a disciplina e real aspiração de auxiliar.

Ao findar a primeira milha, não vacile em caminhar a segunda. O proferir do apóstolo dos gentios em sua segunda epístola a Timóteo, no capitulo terceiro, versículo dezesseis, nos revela que “toda escrita divinamente inspirada é proveitosa” , se absorvermos o seu espírito e não ficarmos reclusos à letra que mata. Lucas, também em suas anotações, faz importante observação. Se tens condição de colocar a candeia sobre o candeeiro não vacile. Porque nada há oculto que não acabe por ser descoberto, nem escondido que não deva ser conhecido e aparecer publicamente”, inserida no capitulo oito nos versículos dezesseis e dezessete. Nada é permanente, senão a mudança. Há momentos em que silenciar é mentir...

Busque fazer do trabalho o amor, se tornando visível.

Investigue e aprenda o fenômeno mediúnico espontâneo.

Estude e pratique o evangelho em sua simplicidade.

Respeite a crítica contrária ao teu ponto de vista, como Jesus nos solicita.

E quando deparares com aqueles que não te assimilam as expectativas embainha a tua espada, para não pereceres por ela.

                Da servidora do Cristo.

                Maria Modesto Cravo.



Mensagem psicografada na noite do dia 23/07/2007 em reunião mediúnica na União das Sociedades Espíritas de Santo André, pelo médium André Luiz Morpanini.

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