TODO AQUELE QUE FERE!
Naquela noite no alto do Horto Getsemani Jesus e
seus discípulos foram surpreendidos pela turba guiada por Judas e a viram logo
avançar; Pedro, o mais afoito decepou a orelha do soldado que ali cumpria o
mandado de captura do Mestre. Jesus como nos narra o evangelista Mateus, no
capítulo vinte e seis versículo cinqüenta e dois disse a Pedro: “Embainha a tua espada, pois todos que
empunharem a espada pela espada perecerão”. Sucedendo o ocorrido, Jesus,
mais uma vez, vai ao encontro dos mais necessitados e dá o testemunho de que “os sãos não precisam de médico”.
Restaura a orelha decepada do algoz e instaura no coração de Malco, chocado
pelo prodígio que presenciara uma dúvida. Que homem era aquele? Um feiticeiro?
Um criminoso? Jesus capturado arreda dali e o soldado, entre lágrimas de
arrependimento e dor, encontra a resposta que lhe angústia ainda mais. Ele é o
esperado Messias...
Os
tempos são outros, mas nós continuamos os mesmos. Sempre atentos nos atos
alheios de espada em punho, não hesitamos em ferir companheiros com as nossas
verdades. E o quanto nos arrojamos a caminhos sinuosos de dor por insistir que
a “nossa verdade” prevaleça. Providos
de uma mentalidade enganosa não nos cansamos de nos situar como vítimas das
próprias ações. A pretexto de anestesiar a dor que fere o orgulho, despejamos a
parcela de culpa sempre naqueles que nos seguem os passos nos diferentes planos
da vida.
Na
tarefa de assistência que nos propomos a realizar, edificando o bem por meio da
fé, busca servir sem receio. Ao tentar tocar nas chagas das almas renitentes ao
bem, não ouse prevalecer da atual posição que te encontras. Alguns são astutos
peritos na arte de manipular nossos sentimentos de inferioridade. Compreendendo
que estas mesmas almas se utilizam da tua fragilidade para se defenderem da
arremetida das tuas palavras, não te perturbes. Não cabe a nós abandonarmos um
bom combate. Infelizmente, quantos não cedem às investidas sistêmicas que
sofrem, principalmente por automatizar as diminutas realizações no campo do
socorro aos espíritos carentes. Arruina-se à nobilitante oportunidade de
resgatar pela doação do amor, as dividas que todos trazemos do nosso passado.
Não
olvidemos que a cura é precedida pela vontade e o exemplo fala mais que
palavras. Se queres realmente auxiliar os Benfeitores Espirituais, não
malbarateie o tempo. Na atualidade, com a velocidade que as horas escoam, saber
aproveitar este tesouro valioso – “o tempo” – é sinal de comprometimento com a
disciplina e real aspiração de auxiliar.
Ao
findar a primeira milha, não vacile em caminhar a segunda. O proferir do
apóstolo dos gentios em sua segunda epístola a Timóteo, no capitulo terceiro,
versículo dezesseis, nos revela que “toda
escrita divinamente inspirada é proveitosa” , se absorvermos o seu espírito
e não ficarmos reclusos à letra que mata. Lucas, também em suas anotações, faz
importante observação. “Se tens condição de colocar a candeia sobre
o candeeiro não vacile. Porque nada há oculto que não acabe por ser descoberto,
nem escondido que não deva ser conhecido e aparecer publicamente”, inserida
no capitulo oito nos versículos dezesseis e dezessete. Nada é permanente, senão
a mudança. Há momentos em que silenciar é mentir...
Busque
fazer do trabalho o amor, se tornando visível.
Investigue
e aprenda o fenômeno mediúnico espontâneo.
Estude
e pratique o evangelho em sua simplicidade.
Respeite
a crítica contrária ao teu ponto de vista, como Jesus nos solicita.
E
quando deparares com aqueles que não te assimilam as expectativas embainha a
tua espada, para não pereceres por ela.
Da servidora do Cristo.
Maria Modesto Cravo.
Mensagem
psicografada na noite do dia 23/07/2007 em reunião mediúnica na União das
Sociedades Espíritas de Santo André, pelo médium André Luiz Morpanini.
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