PARTE III
Continuação
da publicação de algumas mensagens e citações dos poetas, filósofos, místicos,
religiosos, etc., sobre os assuntos:
REENCARNAÇÃO, O ESPÍRITO IMORTAL, AS
CAUSAS DO SOFRIMENTO, A VIDA E A MORTE:
AUTORES DIVERSOS:
A ÚNICA
SAÍDA
HAZRAT
INAYAT KHAN
Escritor,
filósofo, poeta e músico sufi indiano - 1882-1927.
Alguém
me perguntou certa vez: “Vou encontrar-me no além com os que hoje me cercam?”,
ao que lhe respondi: “Encontrar-nos-emos no além com os que amamos e também com
os que odiamos”. Meu interlocutor ficou muito contente com a primeira parte da
resposta, mas descontente com a segunda. Expliquei-lhe depois: “Você pensa em
duas pessoas, na que mais ama e na que mais odeia. Não consegue deixar de
pensar nelas. Pode orar pelo amigo ou praguejar contra o inimigo, mas sempre
estará pensando em ambos. O maravilhoso é que você encontra inesperadamente os
que ama ou os que odeia na vida. O que acontece é que você os atrai,
intencionalmente. “Perguntou-me ele: “Que devemos então fazer?” “O melhor” -
disse-lhe eu “é não odiar ninguém. Devemos só amar. É a única saída. Logo que
você perdoa os que odeia, livra-se deles. Assim não há mais razão para odiá-los
e você simplesmente esquece-se deles.
MINHA CRENÇA
HELEN
KELLER
(Helen
Adams Keller)
Escritora, conferencista e
ativista social americana - 1880-1968.
Creio que podemos viver na Terra, cumprindo a vontade de Deus; e que quando a vontade de Deus se cumprir no mundo como se cumpre nos Céus, todos os homens amarão seus semelhantes e só farão a eles o que desejariam que eles lhes fizessem.
Creio que o bem de
cada pessoa está intimamente ligado ao bem da coletividade.
Creio que a vida nos
é dada para que vivamos no amor e que Deus está em mim como o sol está no matiz
das flores, qual luz nas minhas trevas, qual voz no meu silêncio.
Creio que o sol da
verdade ainda não brilhou sobre os homens em toda a sua plenitude. Creio que o
amor fundará um dia o reino de Deus sobre a Terra, trazendo, como pedra
angular, a liberdade, a verdade, a fraternidade e o trabalho.
Creio que nenhum bem
será perdido; que sempre há de existir homens que tenham querido, que tenham
esperado ou que tenham sonhado, algum dia, fazer o bem.
Creio na
imortalidade da alma, porque tenho, dentro de mim, desejos imortais. Creio que
o estado em que entramos depois da morte é conseqüência de nossos pensamentos e
obras.
Creio que, na vida
que há de vir, gozarei os sentidos que ora me faltam, habitarei regiões cheias
de beleza, de cor, de música, de fala, de flores e de rostos amigos. Sem esta
fé, minha vida não teria significação. Eu seria uma simples coluna de trevas na
escuridão. Os que me observam com a plenitude de seus sentidos corporais,
apiedam-se de mim: é que eles não podem penetrar na câmara dourada de minha
vida, onde vivo tão contente. Por mais tenebroso que meu caminho lhes pareça,
trago sempre aceso um farol mágico no coração. É o farol da fé, com que ilumino
minha estrada, onde, embora dúvidas sinistras se ocultem nas sombras vou
caminhando destemida para a floresta encantada, onde a folhagem está sempre
verde, a alegria sempre presente, os rouxinóis sempre cantando e procriando, e
onde a vida e a morte são a mesma coisa aos olhos de Deus.
Fonte: Livro: Minha vida de Mulher – Hellen Keller. Livraria José Olympio Editora
MEU DESPERTAMENTO
ESPIRITUAL:
HELEN
KELLER
(Helen
Adams Keller)
Escritora,
conferencista e ativista social americana - 1880-1968.
Certa vez, eu estava sentada em uma Biblioteca, olhei para a minha professora e lhe disse: Aconteceu uma coisa muito estranha comigo! Todo este tempo que aqui me encontro, estive em um lugar bem distante daqui, sem que eu saísse desta sala.
Certa vez, eu estava sentada em uma Biblioteca, olhei para a minha professora e lhe disse: Aconteceu uma coisa muito estranha comigo! Todo este tempo que aqui me encontro, estive em um lugar bem distante daqui, sem que eu saísse desta sala.
- Helen, o que você
quer dizer com isso, perguntou-me a professora?
- Respondi: Estive
em Atenas. Na medida em que as palavras foram saindo de minha boca, senti a
sensação forte que minha mente fora tomada por uma energia. Percebi a grandeza
de minha alma e de sua independência do local e do corpo. Ficou claro para mim,
que era o meu espírito que tinha vivenciado tal fato; que o espaço de milhares
de kilômetros de distância não é nada para o espírito.
Fonte: Ligth In May
Darkness - Helen Keller.
A JUSTIÇA DIVINA:
JÂMBLICO
Sábio
filósofo neoplatônico assírio, nascido em meados do século III.
A justiça de Deus
não é a justiça dos homens. O homem define a justiça sob o ponto de vista de
sua vida atual e de seu estado presente. Deus a define relativamente às nossas
existências sucessivas e à universalidade de nossas vidas. Assim, as penas que
nos afligem são, muitas vezes, castigos de um pecado de que a alma se tornou
culpada em vida anterior. Algumas vezes, Deus nos oculta a razão delas; não
devemos, porém, deixar de atribuí-las à sua justiça. Fonte: Livro A
Reencarnação - Gabriel Dellane.
NO
MEU FUNERAL:
JALAL
AD-DIN RUMI
Poeta,
escritor, jurista e teólogo místico sufi persa, fundador da Ordem dos Dervixes
Dançantes - 1207-1273.
No dia em que
levarem meu corpo morto não penses que meu coração ficará neste mundo.
Não chores por mim, nada de gritos e
lamentações - lembra que a tristeza é mais uma cilada das trevas.
Ao ver o cortejo passar, não grites:
"ele se foi". Para mim, será esse o momento do reencontro.
E quando me descerem ao túmulo, não
diga adeus! A sepultura é o véu diante da reunião no paraíso.
Ante a visão do corpo que desce pensa
em minha ascensão.
Que há de errado com o declínio do
sol e da lua? O que te parece declínio, é tão somente alvorada.
E ainda que te pareça prisão, e é ele
que liberta a alma: toda semente que penetra na terra germina.
Assim também há de crescer a semente
do homem.
O balde só se enche de água se desce
ao fundo do poço. Por que deveria o José do espírito reclamar do poço em que
foi atirado.
Fecha a tua boca deste lado e abre-a
mais além. Tua canção triunfará no alento do não-lugar.
VIDAS SUCESSIVAS
JALAL
AD-DIN RUMI
Poeta,
escritor, jurista e teólogo místico sufi persa, fundador da Ordem dos Dervixes
Dançantes - 1207-1273
Morri
como mineral e em planta me tornei.
Morri
como planta e como animal me levantei.
Morri
como animal e como homem ressurgi.
Por que
devo temer a morte?
Morrerei,
todavia, uma vez mais como homem para voar alto. Com os abençoados anjos; mas
mesmo o estado angélico devo ultrapassar.
Tudo,
menos Deus perece.
Quando a
minha alma angélica eu tiver sacrificado, Tornar-me-ia aquilo que nenhuma mente
pode conceber. Ó, fazei que eu não exista! Pois a não-existência proclama: A
Ele retornaremos.
PASSAGENS SUCESSIVAS:
JALAL AD-DIN RUMI
Poeta,
escritor, jurista e teólogo místico sufi persa, fundador da Ordem dos Dervixes
Dançantes - 1207-1273.
Assim como antes eras pó,
depois mineral, chegaste ao reino vegetal e do reino vegetal foste para o reino
do germe e do embrião. E do germe e do embrião para o reino animal, e do reino
animal para o mundo humano.
O PROGRESSO
DO HOMEM:
JALAL
AD-DIN RUMI
Poeta,
escritor, jurista e teólogo místico sufi persa, fundador da Ordem dos Dervixes
Dançantes - 1207-1273.
Primeiro, ele
apareceu no reino inanimado.
Então veio ao mundo das plantas e viveu a vida vegetal por muitos anos, sem se lembrar o que havia sido.
Então, tomou um caminho adiante para
a existência animal, e novamente, esqueceu-se da vida vegetativa, a não ser
quando deixava se mover pelo desejo de retornar à ela, nas estações das doces
flores.
Novamente, o sábio criador (que tu
conheces) o ergueu da animalidade para o estado do Homem.
E assim, de reino em reino,
avançando, ele tornou-se inteligente, astucioso e perspicaz.
Porém, nenhuma memória deste passado
estabeleceu sua morada nele, e a partir de sua alma atual, ele ainda se
transformará.
Embora ele esteja adormecido, o
criador não o deixará nesse esquecimento.
Desperto, rirá ao pensar no sonho
incômodo que teve.
E se perguntará como pôde, seu estado
de ser, tão pleno, esquecer.
E como pôde absolutamente não notar
que aquele sofrimento e tristeza eram o efeito do sono e de vã ilusão.
Assim este mundo apenas parece durar,
embora não seja mais que o sonho de alguém que dorme.
Fonte: (Rumi – Poemas persas).
Site: http://exquema.wordpress.com/2010/08/
A VIDA É UM PROCESSO
CONTÍNUO
JAMES
DILLET FREEMAN
Poeta,
escritor, filósofo, palestrante e ministro da Igreja da Unidade -
1912-2003.
Vivemos
em um mundo de luz e sombra, de vida e morte. O sol que surge ao amanhecer
parece desaparecer quando chega à noite. Porém se pudéssemos ascender fora da
sombra da Terra, perceberíamos que em verdade o sol não desaparece, e que o
mesmo brilha sempre no mais alto. Tampouco, o sol da vida desaparece; se
pudéssemos elevar numa altura suficiente, notaríamos que a vida é um processo
contínuo e que a morte não é senão a sombra arrojada por nosso pensamento
terreno.
PALAVRAS DE VIDA ETERNA - REENCARNAÇÃO
JESUS, O CRISTO
♥Em verdade, em verdade te
digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
♥E, se o quereis
reconhecer, ele (João Batista) mesmo é Elias, que estava para vir. Mateus - Cap. 11, v. 14.
♥Em verdade te digo que não sairás dali enquanto não
pagares o último centavo. Mateus 5:26
♥Assim também é da vontade
de vosso Pai que está no Céu que não se perca um só destes pequeninos. Mateus
18,14
♥Em verdade vos digo,
os publicanos e as meretrizes chegarão antes de vós no reino de Deus’ (Mt.21,
31).
Observação do teólogo e professor
universitário paraibano Severino Celestino da Silva: “Aqui o Cristo deixa bem
claro que todos entrarão no reino dos Céus, até os publicanos e as meretrizes.
Entrarão depois, mas que entrarão não se tem a menor dúvida”. Site:
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/ffarias/o-espiritismo-na-biblia.html
A MORTE NÃO
EXISTE:
JOHN
LUCKEY McCREERY
Poeta
Americano – 1835-1906.
Não existe a morte.
Os astros se vão
Para surgirem em outras terras e
Sempre brilhando no diadema celeste,
Espalham seu fulgor incessantemente.
Não existe a morte. O chão que
pisamos
Converter-se-á pelas chuvas estivais,
Em grãos dourados; em doces frutos;
Em flores que luzem suas policromias.
Não existe a morte. Embora lamentemos
Quando o corpo denso de seres
queridos
Que aprendemos a amar, sejam levados
De nossos amorosos braços, agora
vazios.
Eles não morreram. Apenas partiram,
Rompendo a névoa que nos cega aqui;
Para nova vida, mais ampla, mais
livre,
De esferas serenas, de brilhante Luz.
Embora invisíveis aos nossos olhos;
Continuam nos amando. Estão conosco.
Nunca esquecem os seres queridos,
Que pelo mundo, atrás deixaram.
Não existe a morte. As folhas do
bosque
Convertem em vida o ar invisível;
As rochas se desintegram para
alimentar
O faminto musgo que nelas se agarrou.
Não existe a morte. As folhas caem;
As flores murcham e desaparecem;
Esperam apenas durante as horas
hibernais
O retorno do suave alento da
Primavera.
Embora com o coração despedaçado,
Coberto com as negras vestes de luto,
Levemos seus restos à obscura morada
E digamos que eles morreram.
Apenas despiram suas vestes de barro,
Para revestirem com trajes
cintilantes.
Não foram para longe, não nos
deixaram;
Não se perderam; nem mesmo partiram.
Por vezes sentimos na fronte febril,
Suave carícia ou balsâmico alento;
É que nosso espírito ainda os vê,
E nosso coração se conforta e
tranquiliza.
Sempre juntos a nós, embora invisíveis,
Continuam esses queridos espíritos
imortais;
Pois, em todo o infinito Universo de Deus,
Pois, em todo o infinito Universo de Deus,
Só existe Vida - NÃO EXISTE MORTE.
Fonte: http://anemaecore.blogspot.com.br/2007/08/morte-no-existe-john-mccreery.html
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