quinta-feira, 28 de maio de 2015

JOHANN HEINRICH PESTALOZZI - A BOA EDUCAÇÃO / PALAVRAS EDUCATIVAS


JOHANN HEINRICH PESTALOZZI - Notável pedagogo suíço, professor de Kardec – 1746-1827. 

A BOA EDUCAÇÃO


Minha convicção e meu objetivo eram um só. Na verdade, eu pretendia provar, com minha experiência, que as vantagens da educação familiar devem ser reproduzidas pela educação pública e que a segunda só tem valor para a humanidade se imitar a primeira. Aos meus olhos, ensino escolar que não abranja todo o espírito, como exige a educação do homem, e que não seja construído sobre a totalidade viva das relações familiares conduz apenas a um método artificial de encolhimento de nossa espécie.

Toda a boa educação exige que o olho materno acompanhe, dentro do lar, a cada dia, a cada hora, toda a mudança no estado de alma de seu filho, lendo-o com segurança nos seus olhos, na sua boca, na sua fronte. E exige essencialmente que a força do educador seja pura força paterna, animada pela presença, em toda a extensão, das circunstâncias familiares.

Sobre isso eu construí. Que o meu coração estava preso às crianças, que a sua felicidade era a minha felicidade, a sua alegria a minha alegria - elas deviam ler isso na minha fronte, perceber isso nos meus lábios, desde manhã cedinho até tarde da noite, a cada instante do dia. O homem quer o Bem com tanto gosto, a criança tem tanto prazer em abrir os ouvidos para o Bem! Mas ela não o quer por ti, professor, ela não o quer por ti, educador, ela o quer por si mesma. O Bem, para o qual deves conduzi-la, não deve ter nenhuma relação com os teus caprichos e com as tuas paixões.

É preciso que a natureza da coisa seja boa em si e pareça boa aos olhos da criança. Ela precisa sentir a necessidade da tua vontade, conforme sua situação e suas carências, antes que ela queira a mesma coisa. Ela quer tudo o que a torna amável, tudo o que lhe traz reconhecimento, tudo o que excita nela grandes expectativas, tudo o que nela gera energia, que a faça dizer: "Eu sei fazer". Mas toda essa vontade não é produzida por palavras, e sim pelos cuidados que cercam a criança e pelos sentimentos e forças gerados por esses cuidados. As palavras não produzem a coisa em si, mas apenas o seu significado, a sua consciência.

Fonte: (Trecho da "Carta de Stans", descrevendo o trabalho realizado no orfanato, em 1799). Texto traduzido pelo IBEM - Instituto Brasileiro de Educação Moral.
Site: http://dij.ceak.ch/textos_e_artigos/a_boa_educaçao/


PALAVRAS EDUCATIVAS


A vida educa. Mas a vida que educa não é uma questão de palavras, e sim de ação. É atividade.

As faculdades do homem têm de ser desenvolvidas de tal forma que nenhuma delas predomine sobre as outras.

A natureza melhor da criança deve ser encorajada o mais cedo possível a combater a força prepotente do instinto animal.

O homem deve procurar o que é correto, e deixar que a felicidade venha por conta própria.

Sem Deus e sem piedade, o homem não é homem é bárbaro.

O homem verdadeiramente feliz é aquele que se encontra inocente de toda a fraude, que não tem de acusar-se da miséria dos seus semelhantes, que nunca humilhou o seu próximo com uma só palavra dura nem com um só olhar altivo.

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