JOHANN HEINRICH PESTALOZZI - Notável
pedagogo suíço, professor de Kardec – 1746-1827.
A BOA EDUCAÇÃO
A BOA EDUCAÇÃO
Minha convicção e meu objetivo eram um só. Na verdade, eu pretendia provar, com minha experiência, que as vantagens da educação familiar devem ser reproduzidas pela educação pública e que a segunda só tem valor para a humanidade se imitar a primeira. Aos meus olhos, ensino escolar que não abranja todo o espírito, como exige a educação do homem, e que não seja construído sobre a totalidade viva das relações familiares conduz apenas a um método artificial de encolhimento de nossa espécie.
Toda a boa educação exige que o olho materno acompanhe, dentro do lar, a cada dia, a cada hora, toda a mudança no estado de alma de seu filho, lendo-o com segurança nos seus olhos, na sua boca, na sua fronte. E exige essencialmente que a força do educador seja pura força paterna, animada pela presença, em toda a extensão, das circunstâncias familiares.
Sobre isso eu construí. Que o meu coração estava preso às crianças, que a sua felicidade era a minha felicidade, a sua alegria a minha alegria - elas deviam ler isso na minha fronte, perceber isso nos meus lábios, desde manhã cedinho até tarde da noite, a cada instante do dia. O homem quer o Bem com tanto gosto, a criança tem tanto prazer em abrir os ouvidos para o Bem! Mas ela não o quer por ti, professor, ela não o quer por ti, educador, ela o quer por si mesma. O Bem, para o qual deves conduzi-la, não deve ter nenhuma relação com os teus caprichos e com as tuas paixões.
É preciso que a natureza da coisa seja boa
em si e pareça boa aos olhos da criança. Ela precisa sentir a necessidade da
tua vontade, conforme sua situação e suas carências, antes que ela queira a
mesma coisa. Ela quer tudo o que a torna amável, tudo o que lhe traz
reconhecimento, tudo o que excita nela grandes expectativas, tudo o que nela
gera energia, que a faça dizer: "Eu sei fazer". Mas toda essa vontade
não é produzida por palavras, e sim pelos cuidados que cercam a criança e pelos
sentimentos e forças gerados por esses cuidados. As palavras não produzem a
coisa em si, mas apenas o seu significado, a sua consciência.
Fonte: (Trecho da "Carta de
Stans", descrevendo o trabalho realizado no orfanato, em 1799). Texto
traduzido pelo IBEM - Instituto Brasileiro de Educação Moral.
Site: http://dij.ceak.ch/textos_e_artigos/a_boa_educaçao/
PALAVRAS EDUCATIVAS:
♥A vida educa. Mas a vida que educa não é uma questão de palavras, e sim de ação. É atividade.
♥As faculdades do homem têm de ser
desenvolvidas de tal forma que nenhuma delas predomine sobre as outras.
♥A natureza melhor da criança deve ser
encorajada o mais cedo possível a combater a força prepotente do instinto
animal.
♥O homem deve procurar o que é correto, e
deixar que a felicidade venha por conta própria.
♥Sem Deus e sem piedade, o homem não é homem
é bárbaro.
♥O homem verdadeiramente feliz é aquele que
se encontra inocente de toda a fraude, que não tem de acusar-se da miséria dos
seus semelhantes, que nunca humilhou o seu próximo com uma só palavra dura nem
com um só olhar altivo.
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