segunda-feira, 27 de abril de 2015

BEZERRA DE MENEZES - A VERDADEIRA PROPAGANDA


BEZERRA DE MENEZES - Notável médico espírita brasileiro.

A VERDADEIRA PROPAGANDA:

        Pensem como quiserem os que entendem dever fazer a propaganda espírita por todos os modos, mesmo nas praças, sujeitando a divina Doutrina à galhofa do público, mesmo nos teatros em meio do ridículo dos espectadores, e até nos alcouces, por entre os esgares desprezíveis de seres infelizes, seus frequentadores.
       “Nem Jesus, o santíssimo modelo, nem os apóstolos, seus autorizados imitadores, expuseram jamais à galhofa, ao ridículo e aos esgares da corrupção os ensinos da salvação.
        “Quer uns quer outros levaram a palavra da Verdade a todos os meios, é certo, porque o doente é que precisa do médico; porém, fizeram-no sempre guardando a compostura, severamente moralizadora, de ministros da mais pura, santa e veneranda Doutrina: ergueram a luz à altura de ser vista por toda a Humanidade, mas não a levaram aos antros.
        “De que serve pregar o Espiritismo, que é o Evangelho segundo o espírito e a verdade, dando aqueles que o pregam o exemplo do seu desrespeito pelo modo irreverente de pregá-lo?
        “Sancta sancte tractanda sunt: as coisas sagradas devem ser com todo o respeito tratadas.
        “Por este modo, um que seja, que se colha para o redil bendito, vem convencido da santidade da Doutrina será um convencido digno e dignificador da Santa Lei.
        “Pelo contrário, os que são trazidos como em folia, por milhares que sejam, virão crentes, pelo modo por que viram obrar os propagandistas, de que o Espiritismo é meio de distração, senão de brincadeira, e esses milhares nem aproveitam para si, nem concorrem de leve para o triunfo da boa Lei.
        “Propagar o Espiritismo por toda a parte, sim; mas propagá-lo com o respeito e o acatamento que requer o ensino da divina Revelação”.

Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES”  - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.


BEZERRA DE MENEZES (Esta página foi escrita em 1896, quando Bezerra ainda estava encarnado e publicada na revista “Reformador”)

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