quinta-feira, 29 de setembro de 2011

ICLÉIA - PEQUENO APÓLOGO




PEQUENO APÓLOGO: 
O homem estava só em meio ao vale cercado de altos e pedregosos montes.
Olhando em torno, sentiu a solidão e silêncio.
Desesperado gritou estentórico:
Não quero ficar só! Onde estão os que me deviam acompanhar, amparando-me nesta travessia?
Seu desespero quebrou o silêncio do vale.
A vibração de sua voz atravessou os espaços, alcançando os montes.
As pedras sofreram-lhe o impacto e, deslizando pelas encostas, soterraram o homem.
Alma querida!
Quando o silêncio te envolver no vale de tuas angústias, sobe aos montes dos teus mais altos ideais e, olhando o céu, busca a companhia das estrelas...
Medita sobre a grandeza da Vida que refulge ao pequenino grão de areia tanto quanto brilha nos astros que se estendem no infinito. E, entre ambos, tu existes como parte da Obra Divina em constante aperfeiçoamento.
Em toda parte, portanto, Deus está presente. Ele é teu companheiro invisível na grande jornada.
Não grites, não exijas, não condenes!
Na solidão do vale nasce a espiga que se converte em pão, e na altivez da pedra está a proteção do vale...
Um dia, a multidão em desespero levou o Mestre à Cruz da ignomínia. Mas Ele, em silêncio e sozinho, transformou a Cruz em estrela de luz, chamando para sempre o caminho dos homens. 
Espírito: Icléia
Livro: Obrigado, Senhor!
Psicografia: 05/09/89.

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