APÓSTOLO DO DESERTO:
Era hora do entardecer...
Cansado, mas feliz, meus passos buscavam o tapete verde de um oásis ameno para alentar meu corpo e minha alma.
No horizonte, entre as palmeiras distantes esplendiam os clarões coloridos do Sol que também cansado de caminhar pelo deserto, buscava repouso no aconchego das colinas.
A paisagem exibia a sua beleza na harmonia das cores ante a visita da luz...
Enquanto eu descansava, a fonte cantava a sua alegria, saciando a sede das plantas que adornavam o seu caminho.
Surpreendido, vi um homem ajoelhado, com as mãos espalmadas, orando, tendo o rosto banhado pela luz do Sol na magia do crepúsculo.
Aproximei-me, estendi-lhe as mãos oferecendo-lhe ajuda, pois ele parecia um mendigo cansado, talvez faminto.
Olhou-me com ternura e, sorrindo, beijou-me as mãos, chamando-me de AMIGO!
Disse-me que era um príncipe muito rico, que seu pai possuía todos os reinos da Terra e que peregrinava por um dos seus reinos para conhecer a sua grandeza.
Um príncipe! Quem seria? Pensei, admirado.
Tive piedade; talvez aquele homem delirasse ante o calor do deserto. Ele era estranho e inspirava profundo respeito; tinha os olhos brilhantes e, seu rosto iluminado, parecia o rosto de um Apóstolo do Deserto.
Seus cabelos, caindo sobre os ombros, pareciam um manto, abrigando-o do Sol causticante.
A tarde tornara-se amena ante a brisa suave que acariciava aquele deserto quente e o manto dourado do Sol coloria a paisagem...
Olhando-me como AMIGO, disse-me que não era mendigo e que o deserto era um dos reinos de seu pai.
Estendeu os braços rumo ao infinito colorido pelo Sol crepuscular e disse-me que ele era dono daquele oásis que ardia em maravilha de luz e cores.
Disse-me que o mar, as montanhas, as fontes, os riachos e as estrelas também pertenciam a seu pai e que a ele igualmente pertenciam porque ele era seu filho...
Comovido, vi naquele homem um misto de louco e sábio!
Ele olhou-me com um olhar de bondade e compreensão e disse-me: Amigo do Deserto, você é meu irmão, filho do meu pai: assim, todos estes reinos também lhe pertencem...
Você, como eu, é dono do céu e da Terra, das montanhas, das fontes, dos riachos e das estrelas...
Tudo nos pertence porque somos seus filhos e Ele nos ama...
Somos muito ricos e senhores de todos os reinos da Terra!
Seu rosto se santificava iluminado pela luz do Sol agonizante.
Sorriu, estendeu-me as mãos, e, num amplexo de irmão, beijou-me o rosto, bebendo as lágrimas que brotavam dos meus olhos.
Abraçados, caminhamos em silêncio rumo à fonte que parecia murmurar uma prece.
Ali saciamos a nossa sede sentindo o beijo santo de suas águas em nossos lábios...
O Sol apagava-se com os seus últimos acenos de despedida, e as primeiras estrelas surgiram rendando de luz o manto tranqüilo da noite...
Chorei com a emoção de minha alma em prece e o peregrino beijou meus olhos que viam agora todas as belezas do reino do Grande Rei e Senhor da Vida, - meu Pai...
Médium: Cabete
No horizonte, entre as palmeiras distantes esplendiam os clarões coloridos do Sol que também cansado de caminhar pelo deserto, buscava repouso no aconchego das colinas.
A paisagem exibia a sua beleza na harmonia das cores ante a visita da luz...
Enquanto eu descansava, a fonte cantava a sua alegria, saciando a sede das plantas que adornavam o seu caminho.
Surpreendido, vi um homem ajoelhado, com as mãos espalmadas, orando, tendo o rosto banhado pela luz do Sol na magia do crepúsculo.
Aproximei-me, estendi-lhe as mãos oferecendo-lhe ajuda, pois ele parecia um mendigo cansado, talvez faminto.
Olhou-me com ternura e, sorrindo, beijou-me as mãos, chamando-me de AMIGO!
Disse-me que era um príncipe muito rico, que seu pai possuía todos os reinos da Terra e que peregrinava por um dos seus reinos para conhecer a sua grandeza.
Um príncipe! Quem seria? Pensei, admirado.
Tive piedade; talvez aquele homem delirasse ante o calor do deserto. Ele era estranho e inspirava profundo respeito; tinha os olhos brilhantes e, seu rosto iluminado, parecia o rosto de um Apóstolo do Deserto.
Seus cabelos, caindo sobre os ombros, pareciam um manto, abrigando-o do Sol causticante.
A tarde tornara-se amena ante a brisa suave que acariciava aquele deserto quente e o manto dourado do Sol coloria a paisagem...
Olhando-me como AMIGO, disse-me que não era mendigo e que o deserto era um dos reinos de seu pai.
Estendeu os braços rumo ao infinito colorido pelo Sol crepuscular e disse-me que ele era dono daquele oásis que ardia em maravilha de luz e cores.
Disse-me que o mar, as montanhas, as fontes, os riachos e as estrelas também pertenciam a seu pai e que a ele igualmente pertenciam porque ele era seu filho...
Comovido, vi naquele homem um misto de louco e sábio!
Ele olhou-me com um olhar de bondade e compreensão e disse-me: Amigo do Deserto, você é meu irmão, filho do meu pai: assim, todos estes reinos também lhe pertencem...
Você, como eu, é dono do céu e da Terra, das montanhas, das fontes, dos riachos e das estrelas...
Tudo nos pertence porque somos seus filhos e Ele nos ama...
Somos muito ricos e senhores de todos os reinos da Terra!
Seu rosto se santificava iluminado pela luz do Sol agonizante.
Sorriu, estendeu-me as mãos, e, num amplexo de irmão, beijou-me o rosto, bebendo as lágrimas que brotavam dos meus olhos.
Abraçados, caminhamos em silêncio rumo à fonte que parecia murmurar uma prece.
Ali saciamos a nossa sede sentindo o beijo santo de suas águas em nossos lábios...
O Sol apagava-se com os seus últimos acenos de despedida, e as primeiras estrelas surgiram rendando de luz o manto tranqüilo da noite...
Chorei com a emoção de minha alma em prece e o peregrino beijou meus olhos que viam agora todas as belezas do reino do Grande Rei e Senhor da Vida, - meu Pai...
Médium: Cabete
Espírito: Tagore
Página recebida pelo médium Cabete, no Santuário do Amor, em 02/03/1976, em São Bernardo do Campo/SP.
Fonte: Jornal A CARIDADE – Junho/96.
Página recebida pelo médium Cabete, no Santuário do Amor, em 02/03/1976, em São Bernardo do Campo/SP.
Fonte: Jornal A CARIDADE – Junho/96.
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