A MISSÃO DA ARTE
A Arte é das mais
profundas formas de expressão que o Espírito pode encontrar sobre a Terra.
Quando penetrada por
ideais de excelência, cabe à Arte o labor de cooperar no desenvolvimento da
estesia nas criaturas de Deus.
Assim, o artista é
alguém dotado dessas sutis percepções, tendo possibilidades, muitas vezes, de
captar a vibração superior da Vida, as ondas luminosas de esferas cerúleas e
apresentar aos homens o produto da sua filtragem.
O artista imbuído da
Arte que se agita nos painéis do Cosmo, quando segue fiel aos preceitos do
equilíbrio da realização do bem, não poucas vezes se faz intérprete de
fulgurantes mensagens, depositário que se torna dos fulgores estelares.
Cooperador de Deus,
cabe ao artista desenvolver ou colaborar para que se desenvolvam nos seres
humanos os sentimentos do belo, do inefável, do indefinível.
Não é por outra causa
que deparamos com artistas de níveis variados, atendendo aos Programas da
Divindade nos patamares mais diversos pelo mundo.
Dos tambores
rústicos da selva aos violinos apaixonados de rútilos concertos, temos a
Presença de Deus.
Da expressão
rupestre, esbatida, do neolítico às telas perfeitas de Rembrandt, temos a
Presença de Deus.
Do totem dos
prístinos dias da tribo, às esculturas de Miguel Ângelo, na Europa, percebemos
a Presença de Deus.
Das evocações do
vozerio rítmico dos polinésios às mais formidáveis sinfônicas do mundo,
sentimos a Presença de Deus, conduzindo os Seus filhos ao amadurecimento
estético, aos voos mais altos da sensibilidade, a fim de que O compreendam,
gradativamente, na fieira evolutiva.
Não podemos ignorar,
contudo, que aparecem aqui e ali, em muitos lugares, e mesmo que luxuriam em
vários locais no mundo, almas infernizadas em si mesmas, marcadas pelos instintos
rebaixadores do crime, possuidores de pulsões anímicas aberrantes, que se
mostram como artistas, impondo aos despreparados e incautos as suas alucinações
íntimas às quais nomeiam como arte.
No momento em que
vive a Humanidade em meio de tantas confusões conceptuais e do gargalhar do
deboche, mesmo nas áreas onde deveria vigorar o legítimo e o são, a irrisão campeia,
a loucura toma foros de destaque e se projeta nas telas como nas pautas, nos
palcos como na literatura, enrodilhando um incontável número de indivíduos em
suas sombras.
♥
Na hora torturante
pela qual passam os homens da Terra, encontramos grande leva de considerados
artistas que, ignorando a sua missão de contribuir com a Obra do Criador,
enleiam-se nos fios da vaidade e ao revés de prestarem homenagem à Vida Cósmica
por meio da sua arte, põem-se como centros dessa arte, buscando o aplauso e a
fama, a riqueza e os fogos-fátuos que brilham por pouco tempo, deixando trevas
e amargores, lágrimas e frustrações nas almas dos desprevenidos comerciantes da
Arte.
♥
Se identificas em
tuas possibilidades a Presença do Senhor a se fazer através de diversificada
expressão artística, eleva-te, aprimora-te, ilumina-te, conquista-te e deixa-te
a ti mesmo penetrar pelas vibrações dos seres Angélicos, que honram a Deus,
espargindo amor e saúde pelo Universo, a fim de que, ao longo dos tempos
participes dos seus misteres.
Fazer Arte, em
verdade, é louvar a Deus alcandorando os seres da Humanidade.
Engaja-te nesse
labor e deixa brilhar, também aí, a tua luz.
CAMILO
Médium: José Raul Teixeira
Fonte: Livro: Vozes
do Infinito – José Raul Teixeira/Espíritos Diversos – Editora Fráter Livros
Espíritas Ltda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário