ICLÉIA - A RESPOSTA

A RESPOSTA

Um dia perguntei em prece comovida

Ao Senhor da Vida:

- Como hei de fazer para melhor seguir

o teu roteiro santo?

E na voz silenciosa das estrelas,

o Senhor da Vida assim me respondeu:

“Alma que me procuras

Esquece as amarguras

E trabalha sem cessar!

Que sejam as tuas mãos

Consolo às desventuras

E como a brisa mansa

Saiam a enxugar

O pranto dolorido

De todos teus irmãos!

Que sejam as tuas mãos

Flores que desabrochem

Para perfumar

A quem por ti passar!

Que sejam as tuas mãos

Como as ondas do mar

Que na areia se espraiam

Sem nada perguntar!

Que sejam as tuas mãos

A fonte generosa

Que se doa para

À mata ao seu redor

Que sejam as tuas mãos

Bordão para arrimar

Os que na estrada caem

Torturados de dor!

Que sejam as tuas mãos

A luz que resplandece

Apontando o caminho

A quem quer acertar.

Que sejam as tuas mãos

Resposta para a prece

De quem chora, sozinho,

Sem pão, sem paz, sem lar!”

Então pude entender

Na resposta de Deus

Que tudo o que é criado

Por suas Mãos Divinas

Aquém e além dos Céus,

Nos revela o trabalho

Como o melhor caminho

Para a Ele chegar.

E olhando as minhas mãos,

Tão pobres... tão vazias...

Procurei um serviço

Por onde começar.

Lembrei-me de Jesus

E sem medir os dias,

Saí a semear.

ICLÉIA

Fonte: Mensagens de Diversos Espíritos recebidas no Lar de Tereza – Editora Lar de Tereza.

JOSÉ MARIA DE MEDEIROS SOUZA / JEAN-MARIE LACHELIER - MÉDIUNS LEVIANOS

MÉDIUNS LEVIANOS

Têm-se visto com mais frequência do que seria de desejar médiuns, principalmente psicógrafos, ansiosos por divulgação e destaque, submeterem os seus escritos à sombra das editoras, que nem sempre são editoras comprometidas com a Doutrina Espírita, porém enxergaram nos livros mediúnicos um promissor filão comercial de lucros, cujo maior objetivo é vender, sem preocupação nenhuma com o conteúdo, a veracidade, a fidelidade ou a qualidade de tais escritos, descomprimissados com a nobreza da mensagem espírita e a finalidade maior do Espiritismo que é a moralização da Humanidade.

Escondidos sob nomes que foram personalidades de destaque nos arraiais terrenos, médiuns levianos divulgam seus repetitvos escritos, na desesperada busca de reconhecimento público, de louvaminhas e aplausos, deixando nos mais vividos uma imensa saudade do tempo, não muito distante, em que um mui digno e emérito professor, sobejamente conhecido entre seu pares por Hippolyte-Léon Denizard Rivail, singelamente identificado como Allan Kardec, trouxe a público, em modesta vitrine de uma livraria parisiense, sem alarde, sem divulgação estrepitosa e sem concessões mundanas, as primeiras 510 perguntas feitas aos espíritos mais desconhecidos e suas respectivas respostas, cujo conteúdo, a partir de 18 de abril de 1857, vem alterando, inegavelmente, o pensamento filosófico vigente e cujas ressonâncias alcançam os dias de hoje.

Exemplos como esse mostrado por Allan Kardec merece respeito e impõe-se para todos que, dizendo-se médiuns, almejam ser fiéis intérpretes dos Espíritos Nobres, não pelos nomes que supostamente ostentam, e sim, pelo arrazoado inquestionável de suas ideias.

JEAN-MARIE LACHELIER

Médium: José Maria de Medeiros Souza

Fonte: Trecho do Livro: Recado aos Médiuns – José Maria de Medeiros Souza/Jean-Marie Lachelier – Editora DIDIER.

MARTINS PERALVA - MENSAGEM DA MANJEDOURA

MENSAGEM DA MANJEDOURA

Os séculos têm corrido vertiginosos, na ampulheta do tempo.

Sepultaram-se as civilizações.

Reduziram-se a pó monumentos gigantescos.

Leis e costumes foram reformados, segundos os imperativos da evolução.

Tiranos e conquistadores, a história os esqueceu.

A lição da manjedoura, contudo, permanece com a mesma intensidade, glorificando o Amor.

Dois milênios de singulares experiências nos separam do nascimento de Jesus, mas o cenário de Belém e a mensagem do Mestre dos Mestres continuam vivos em nossa retina, ressoando na acústica de nossa alma.

A mensagem da manjedoura é música eterna que os ruídos do mundo, nem sempre harmoniosos, não conseguem perturbar.

O Natal do Senhor é, realmente, a mais sugestiva lição para todos os milênios de milênios.

Lição de amor sem fronteiras, sem limitações, sem exigências.

Amor que protege, que ampara, engrandece, diviniza.

Amor doação, amor sacrifício, sem preocupações retribuitórias.

A cena do estábulo permanecerá, no curso incessante de todas as eras, no santuário de nossas mais caras evocações.

MARTINS PERALVA

Fonte: Trecho da Mensagem de Martins Peralva – Livro: Reflexões de Natal Segundo o Pensamento de 45 Colaboradores Espíritas.

UM AMIGO ESPIRITUAL - PRUDÊNCIA

PRUDÊNCIA

A prudência é uma grande amiga, principalmente nos momentos em que algum perigo ameaça a estabilidade emocional, espiritual ou até mesmo física, do ser humano.

O prudente, por ser muito comedido, pensa com ponderação antes de tomar qualquer decisão, principalmente aquela que possa trazer alguma consequência, não só a si, mas sobretudo a outras pessoas.

Percebe-se a prudência através de um vocabulário que ornamenta palavras de bom senso. O prudente confia no que diz, uma vez que está alicerçado pelo bem adquirido nos livros feitos para reformas de atitudes.

A prudência, portanto, nunca fere, antes estimula a confiança com palavras de consolo, levando fé e esperança ao ouvinte menos esclarecido.

Usemos a razão para reconhecer entre tantos, o homem prudente. Talvez ele esteja bem mais perto do que supomos. Mas, a tendência humana de afeiçoar-se aos mais falantes, aos mais poderosos, aos mais admirados, faz cegar nossa capacidade de ver a luz da razão, no brilho que irradia desse irmão que veste o hábito da humildade.

Ele já aprendeu que o silêncio, muitas vezes, é tesouro inestimável em meio ao burburinho de vozes que falam e nada dizem. Calar na hora certa, é receita que o prudente prescreve a si mesmo.

O prudente sempre traz tranqüilidade, serenidade e confiança no olhar.

Ele nunca reclama, porque aprendeu que Deus sabe o que é melhor para cada um. Deixa-se guiar pelas premissas: Deus é meu pai. Todo pai quer o melhor para o filho, portanto, deixo que Ele escolha o que é melhor para mim.

O prudente nunca se faz notar através de atitudes estouvadas. Confia antes na beleza que trás dentro de si, nas suas próprias convicções, não necessitando se expor aos olhos dos outros. Este homem moderado, aprendeu a conter os impulsos da vaidade, do orgulho e da prepotência.

Cuidemos de observar melhor aqueles que nos rodeiam, e procuremos entre eles, aqueles que realmente toquem nossos corações pelos gestos simples e pelas atitudes ricas de tolerância.

Aprendamos, pois, com esses irmãos afortunados, a lição que se nos oferecem como exemplo de vida, sem nenhuma arrogância, contudo, de nos ensinar.

Que Deus proteja nossos irmãos prudentes, favorecendo-lhes cada vez mais possibilidades de nos fazer enxergar suas atitudes iluminadas para o bem, fazendo crescer em todos nós, uma consciência maior das nossas próprias atitudes.

Paz e muito amor a todos. 

Um amigo espiritual sempre presente.

Fonte: Psicografia recebida em 05/11/2.002,  no Grupo Espírita Missionários da Luz, de Lorena