terça-feira, 2 de junho de 2015

ALAOR BORGES JÚNIOR / MARIA MODESTO CRAVO - A PALAVRA


A PALAVRA


A palavra se propaga. E qual semente floresce.

Para muitos, o que proferimos vira lei. Para outros, estimula decisões. Para alguns, tem o poder de apontar rumos.

Falar não deveria, portanto, ser tão só um ato maquinal. Nem sempre nos preocupamos com aquilo que estamos dizendo. Nossos lábios quase sempre estão à serviço da maledicência.

Somos convidados a zelar e nossas entranhas, e nos descuidamos quanto ao tipo de pensamentos que comumente cultivamos; revelamos atitude negligente não relacionando as conversações nas quais nos envolvemos. Não basta ser vigilante, é fundamental coibir as nossas tendências a serviço do mal.

Uma palavra infeliz é capaz de desarticular uniões, dispõe de um potencial capaz de arrasar com a semeadura do bem e afastar as pessoas. A palavra malsã é joio comprometendo a safra de trigos. Deixe que a caridade lhe abrande a língua. Antes de abrir a boca aprenda a filtrar o que vai dizer. A razão não é uma percepção destinada a atrofiar-se pelo desuso.

Entre o coração e a boca está o cérebro, cuja função será de um sensor nos alertando, portanto.

A palavra quando dita pede vestimenta da doçura.
Um não adocicado deixa de ser traumático. Tenha cuidado no trato com as pessoas. A voz reclama o magnetismo do amor para atingir os objetivos ao qual se destina.

Rispidez não é disciplina. Grito não é linguagem. Face sisuda angaria antipatia.

Somos convidados não somente a entregar coisas aos nossos irmãos, mas a colocar amor em nossas ofertas. A palavra é instrumento que veicula tanto o mal quanto o bem. Priorize o diálogo.

Comentários capciosos são perigosos. O entendimento jamais será estabelecido do ponto de vista unilateral. Foi a palavra felina que aprisionou o Cristo. É por intermédio de palavras invigilantes que uma rixa nasce, que uma tragédia acontece, que a antipatia medra e que a guerra desponta. Vivemos lamentavelmente armados.

Que sejam nossos dizeres SIM, SIM, NÃO, NÃO; pois é melhor ser econômico na pronúncia que falar sem proveito.


MARIA MODESTO CRAVO


Mensagem psicografada pelo médium Alaor Borges Júnior – reunião pública do dia 26/10/2008 no Lar Espírita Irmã Valquíria.


Fonte: Jornal Espírita On-Line de Uberaba – Nº 30 – março/2009.

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