Divaldo responde
- Os
Espíritos sofredores carregam as suas dores durante muito tempo, às vezes por
décadas e mesmo séculos. Qual o
benefício proporcionado aos mesmos, no breve atendimento feito durante a
prática mediúnica?
Divaldo Franco
O mesmo bem-estar que logra uma pessoa que se
encontra num estado depressivo e conversa com alguém otimista. Aquele primeiro
contato não lhe resolve o problema, mas abre uma brecha na escuridão que reina intimamente no
campo mental do desencarnado.
Quando
alguém está com um problema e vai ao psicanalista, a solução não vem de
imediato, porém abre-se um espaço. Na
segunda sessão, já deixa uma
interrogação e na terceira aponta-se o rumo a ser seguido, dependendo da
profundidade da problemática. Na prática
mediúnica há um detalhe a considerar que
é muito importante: quando o Espírito aproxima-se do médium, este, como uma
esponja, absorve a energia positiva ou negativa, a depender do grau de evolução
do comunicante. No caso de um Espírito bom, o
médium sente uma sensação de
euforia, bem-estar e de desdobramento espiritual. Quando se trata de um
Espírito sofredor, o sensitivo, ao absorver-lhe a energia, diminui-lhe a
densidade vibratória e ele já melhora. Para se ter uma ideia, é como se
estivéssemos sufocados por uma compressão íntima a respeito de alguma coisa e,
de repente, abríssemos a boca e desabafássemos este estado angustiante.
Nesse
ínterim, o médium absorve a energia deletéria e, mesmo que não ocorra uma
doutrinação correta, a Entidade já melhora porque perdeu aquela emanação
negativa que a desequilibrava.
Os
Espíritos sofredores ficam envolvidos dentro de um círculo vicioso, comparado a alguém dentro de uma sala
fechada, onde o oxigênio vai ficando viciado na medida em que se processa o
fenômeno respiratório por não existir renovação de ar no meio ambiente. No instante em que esta renovação se
dá, o indivíduo aspira o ar purificado e sai da situação sufocante.
No
fenômeno da psicofonia ou incorporação, o Espírito
comunicante sai de um verdadeiro
estado de estupor só pelo fato de aproximar-se do campo magnético do médium. Na doutrinação já se lhe
desperta a mente para que, utilizando-se da aparelhagem mediúnica, possa ouvir
e mudar a maneira de encarar o seu problema perturbador. Por mais rápida que
seja a comunicação, o Espírito sofredor recebe o benefício eficaz daquele
instante, às vezes fugidio. O mesmo não acontece quando é um Espírito calceta.
Se vou
falar a uma pessoa que está sofrendo
honestamente, as minhas probabilidades
de êxito em consolá-la são maiores do que falando a uma pessoa rebelde e
vingativa. No entanto, embora não se consigam bons resultados no primeiro
tentame, pelo menos a entidade verifica que nem todos estão de acordo com o que
pensa, abrindo-se assim uma clareira interrogativa na sua mente.
Fonte:
Jornal O Imortal – Dezembro/2013.
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