terça-feira, 27 de maio de 2014

DIVALDO PEREIRA FRANCO - DIVALDO RESPONDE



Divaldo responde

- Os Espíritos sofredores carregam as suas dores durante muito tempo, às vezes por décadas e mesmo séculos.  Qual o benefício proporcionado aos mesmos, no breve atendimento feito durante a prática mediúnica?

Divaldo Franco

 O mesmo bem-estar que logra uma pessoa que se encontra num estado depressivo e conversa com alguém otimista. Aquele primeiro contato não lhe resolve o problema, mas abre uma  brecha na escuridão que reina intimamente no campo mental do desencarnado.
Quando alguém está com um problema e vai ao psicanalista, a solução não vem de imediato, porém abre-se um espaço.  Na segunda sessão, já deixa  uma interrogação e na terceira aponta-se o rumo a ser seguido, dependendo da profundidade da  problemática. Na prática mediúnica há um detalhe a considerar  que é muito importante: quando o Espírito aproxima-se do médium, este, como uma esponja, absorve a energia positiva ou negativa, a depender do grau de evolução do comunicante. No caso de um Espírito bom, o
médium sente uma sensação de euforia, bem-estar e de desdobramento espiritual. Quando se trata de um Espírito sofredor, o sensitivo, ao absorver-lhe a energia, diminui-lhe a densidade vibratória e ele já melhora. Para se ter uma ideia, é como se estivéssemos sufocados por uma compressão íntima a respeito de alguma coisa e, de repente, abríssemos a boca e desabafássemos este estado angustiante.
Nesse ínterim, o médium absorve a energia deletéria e, mesmo que não ocorra uma doutrinação correta, a Entidade já melhora porque perdeu aquela emanação negativa que a desequilibrava.
Os Espíritos sofredores ficam envolvidos dentro de um círculo  vicioso, comparado a alguém dentro de uma sala fechada, onde o oxigênio vai ficando viciado na medida em que se processa o fenômeno respiratório por não existir renovação de ar no meio  ambiente. No instante em que esta renovação se dá, o indivíduo aspira o ar purificado e sai da situação sufocante.
No fenômeno da psicofonia ou incorporação, o Espírito
comunicante sai de um verdadeiro estado de estupor só pelo fato de aproximar-se do campo  magnético do médium. Na doutrinação já se lhe desperta a mente para que, utilizando-se da aparelhagem mediúnica, possa ouvir e mudar a maneira de encarar o seu problema perturbador. Por mais rápida que seja a comunicação, o Espírito sofredor recebe o benefício eficaz daquele instante, às vezes fugidio. O mesmo não acontece quando é um Espírito calceta.
Se vou falar a uma pessoa que  está sofrendo honestamente, as  minhas probabilidades de êxito em consolá-la são maiores do que falando a uma pessoa rebelde e vingativa. No entanto, embora não se consigam bons resultados no primeiro tentame, pelo menos a entidade verifica que nem todos estão de acordo com o que pensa, abrindo-se assim uma clareira interrogativa na sua mente.

Fonte: Jornal O Imortal – Dezembro/2013.

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