quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

LUIZ GONZAGA PINHEIRO - AS MÉDIUNS GESTANTES PODEM RECEBER ESPÍRITOS?



AS MÉDIUNS GESTANTES PODEM RECEBER ESPÍRITOS?

           “Há casos em que é prudente e mesmo necessário abster-se ou, pelo menos, moderar o uso da mediunidade. Isso depende do estado físico e moral do médium que geralmente o percebe.”
                                                                     O Livro dos Médiuns – Allan Kardec
                                                                     (Cap. XVIII, questão 221, parágrafo 30)

O Espírito enfermo ou obsessor, quando em contato com o médium, transfere-lhe fluidos densos que são absorvidos e eliminados por este, que funciona como um fio terra, amenizando a situação aflitiva do comunicante. Casos há em que o médium, ao traduzir a palavra de suicidas, cancerosos, tuberculosos em estado grave ou mesmo irmãos que atuam na quimbanda em rituais macabros, é tomado de grande sufocação e pesar, experimentando no corpo as sensações que os enfermos e vampiros imprimem, chegando mesmo a ser desdobrado após a comunicação para que seja atendido em locais saturados de fluidos vitais, ocasião em que lhe é devolvida a cota fluídica subtraída pelo contato enfermiço.
As sensações que o médium sofre nessas comunicações são as mesmas que os enfermos padecem. Quando a ligação fluídica é efetuada um ou dois dias antes da reunião, o medianeiro começa a mostrar os sintomas de sua companhia, quando é acometido de vômitos, dores, intensas, falta de ar, arritmia, calafrios, formando um quadro clínico que só é desfeito após a comunicação, quando a ligação já não existe.
Muitas vezes tenho assistido a queixas e exames clínicos de médiuns que, somente pelas comunicações que traduzem, são esclarecidos e curados através do afastamento da causa que deu origem aos distúrbios.
Por tais motivos, desaconselha-se à médium psicofônica a permanência na reunião desobsessiva, quando é evidente o seu estado gestatório, visto que a agressividade fluídica a que se expõe pode atingir o feto em formação, caso não haja proteção ostensiva por parte da equipe espiritual.
É sabido que, em seguida ao ato sexual, o perispírito do reencarnante em estado reduzido é ligado ao zigoto, processo que é orientado e assistido pelos Espíritos interessados naquele reencarne. A mãe, mentalizando e enviando a o filho propostas de paz e de aconchego, completa a proteção a que a criança tem direito. Caso a gestante insista em atuar ostensivamente na área psicofônica, os mentores deverão realizar uma seleção entre os comunicantes para que somente os menos enfermos possam por ela transmitir suas aflições, o que deverá prolongar-se pelos três primeiros meses de gestação. Mesmo assim, é vital que a sua organização uterina em nada sofra perturbações, o que significa dizer que deve afastar-se dos trabalhos mediúnicos, podendo participar de palestras e demais atividades doutrinárias e sociais da casa espírita.
Passada a gravidez, o retorno ao trabalho é sempre um tônico salutar para a paz íntima de quem se fez servo do Senhor, através do auxílio aos irmãos de infortúnios.
 
Fonte: Livro: Mediunidade Tire suas Dúvidas
Autor: Luiz Gonzaga Pinheiro
Editora: EME

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