O JOVEM PRETENSIOSO:
Meus irmãos,
O jovem médico recém-formado, ante a impossibilidade de conseguir trabalho na grande metrópole, partiu para o interior, mais em busca de meio de sustento que, propriamente, como realização profissional.
E, em lá chegando, à pequena cidade interiorana, procurou avistar-se com velho médico, diretor da grande e única casa de saúde da região.
O bondoso velhinho recebeu-o pronta e amistosamente e perguntou-lhe: que sabes fazer? Qual a tua especialidade?
O rapaz abrindo uma de suas malas abarrotada de compêndios, respondeu: - sei fazer tudo o que está nestes livros e olhe doutor são livros de origens variadas e ditados em diversos idiomas, contendo as mais modernas técnicas clínicas e cirúrgicas da medicina.
O velho médico percebendo a inexperiência do pretensioso jovem, disse-lhe: - muito bem, muito bem, você acaba de chegar em boa hora. Estou com uma emergência gravíssima no nosso centro cirúrgico. Pegue esse bisturi, vá trocar sua roupa e venha me auxiliar na cirurgia. O rapaz já sentido a lição do médico experiente sentiu as pernas fraquejarem, as mãos tremerem e confessou: - perdão doutor.
Não sou capaz. Tudo o que sei é teoria. Entendi perfeitamente a sua lição e peço-lhe que me inicie nesta profissão da qual o senhor fez um verdadeiro sacerdócio.
Meus queridos irmãos, não transiteis na vossa jornada com as malas abarrotadas de compêndios cristãos, nos quais aprendeis entre tantas coisas, as palavras do Mestre Jesus.
Se pregais o amor ao próximo, exercitai a fraternidade.
Se discorreis sobre o perdão, exercitai-o efetivamente com os vossos semelhantes.
Tomai o bisturi da fé, para que possais rasgar o véu que empana a mente do obsediado, para que possais extrair o quisto que impede a caminhada do carente, para que possais extirpar o tumor que envolve a ignorância do incrédulo.
A teoria aclara, a prática sublima.
Médium: A. K. M. Silva
Espírito: Gustavo
Fonte: Página extraída do livro: Amor e Paz - A. K. M. Silva - Espírito Gustavo.
MÉDICO DO CORPO E DA ALMA:
Meus irmãos,
MÉDICO DO CORPO E DA ALMA:
Meus irmãos,
Não façais aos outros o que não desejais que vos façam.
Jovem de família miliardária, no esplendor de seus vinte e três anos, dirigia seu carro esporte, último tipo, naquela tarde chuvosa em busca de novas aventuras inconseqüente que preenchessem o vazio de sua vida insípida. Em dado momento, vislumbrou na esquina próxima, homem de meia idade que aguardava pacientemente a oportunidade de cruzar o logradouro. Num instante a distorção de seu caráter arquitetou a brincadeira de mau gosto. Desviando ligeiramente o veículo, lançou-o sobre uma poça, respingando água e lama sobre o homem e seguiu às gargalhadas como numa loucura solitária, usufruindo o gozo pela ação praticada. E assim gargalhando, zombando, perdeu o controle do carro que se espatifou em grande árvore. Inconsciência, aglomeração, tumulto, socorro, hospital. Passaram-se as horas, não se sabe quantas. Ao retornar do seu torpor anestésico, vislumbrou, ainda, confuso, a figura do médico à sua cabeceira. Disse-lhe o cirurgião:
- Meu amigo, parabenizo-lhe pela grande estrela. Sua sorte foi imensa! Você sofreu um acidente e com ele a amputação traumática de sua mão direita. Permitiu-nos a bondade de Deus um sucesso extraordinário na cirurgia de reimplante. Redobro minhas felicitações porque graças a pequenino acidente, atrasei-me em chegar ao hospital, encontrando os tecidos da mão amputada, já em início de necrose.
E contou ao rapaz o motivo do seu atraso. Tivera que retornar ao lar para trocar sua roupa que fora suja por um rapaz que passou de carro. O jovem surpreso e aterrorizado confessou:-
- Doutor, dai-me o seu perdão, fui eu quem o sujou de lama.
- Eu sabia, disse o médico; vi seu carro acidentado – e ao chegar ao hospital e tomar conhecimento do ocorrido, identifiquei-o imediatamente.
Cresceu o espanto do rapaz.
- Mas, doutor, não me confunda. Mesmo sabendo quem eu era, o senhor me salvou?
- Meu filho, a minha condição de médico obriga-me a salvar corpos e a minha condição de cristão me solicita a medicar almas. Seu corpo, seu organismo, não necessitam grandes modificações, mas sua alma encontra-se doente.
E durante grande tempo explanou-lhe sobre Deus, sobre o amor ao próximo, sobre compensações na prática da caridade, sobre a grande valia do perdão. E ao terminar ouviu do jovem que se encontrava, desde antes, sob lágrimas e entre soluços:
- Doutor, em poucos instantes enxergo o que não consegui ver durante anos. Sou jovem, possuo recursos financeiros. Junto ao meu pedido de perdão, envio-lhe uma súplica: seja meu instrutor, seja o orientador que nunca tive. Ajude-me a tornar-me também médico de corpos e de almas e quem sabe caminharemos juntos no futuro.
E ante o sorriso recompensado do bom cirurgião, beijou-lhe as mãos, inundando-as não de lama, mas desta vez de lágrimas de arrependimento.
Médium: A. K. M. Silva
Jovem de família miliardária, no esplendor de seus vinte e três anos, dirigia seu carro esporte, último tipo, naquela tarde chuvosa em busca de novas aventuras inconseqüente que preenchessem o vazio de sua vida insípida. Em dado momento, vislumbrou na esquina próxima, homem de meia idade que aguardava pacientemente a oportunidade de cruzar o logradouro. Num instante a distorção de seu caráter arquitetou a brincadeira de mau gosto. Desviando ligeiramente o veículo, lançou-o sobre uma poça, respingando água e lama sobre o homem e seguiu às gargalhadas como numa loucura solitária, usufruindo o gozo pela ação praticada. E assim gargalhando, zombando, perdeu o controle do carro que se espatifou em grande árvore. Inconsciência, aglomeração, tumulto, socorro, hospital. Passaram-se as horas, não se sabe quantas. Ao retornar do seu torpor anestésico, vislumbrou, ainda, confuso, a figura do médico à sua cabeceira. Disse-lhe o cirurgião:
- Meu amigo, parabenizo-lhe pela grande estrela. Sua sorte foi imensa! Você sofreu um acidente e com ele a amputação traumática de sua mão direita. Permitiu-nos a bondade de Deus um sucesso extraordinário na cirurgia de reimplante. Redobro minhas felicitações porque graças a pequenino acidente, atrasei-me em chegar ao hospital, encontrando os tecidos da mão amputada, já em início de necrose.
E contou ao rapaz o motivo do seu atraso. Tivera que retornar ao lar para trocar sua roupa que fora suja por um rapaz que passou de carro. O jovem surpreso e aterrorizado confessou:-
- Doutor, dai-me o seu perdão, fui eu quem o sujou de lama.
- Eu sabia, disse o médico; vi seu carro acidentado – e ao chegar ao hospital e tomar conhecimento do ocorrido, identifiquei-o imediatamente.
Cresceu o espanto do rapaz.
- Mas, doutor, não me confunda. Mesmo sabendo quem eu era, o senhor me salvou?
- Meu filho, a minha condição de médico obriga-me a salvar corpos e a minha condição de cristão me solicita a medicar almas. Seu corpo, seu organismo, não necessitam grandes modificações, mas sua alma encontra-se doente.
E durante grande tempo explanou-lhe sobre Deus, sobre o amor ao próximo, sobre compensações na prática da caridade, sobre a grande valia do perdão. E ao terminar ouviu do jovem que se encontrava, desde antes, sob lágrimas e entre soluços:
- Doutor, em poucos instantes enxergo o que não consegui ver durante anos. Sou jovem, possuo recursos financeiros. Junto ao meu pedido de perdão, envio-lhe uma súplica: seja meu instrutor, seja o orientador que nunca tive. Ajude-me a tornar-me também médico de corpos e de almas e quem sabe caminharemos juntos no futuro.
E ante o sorriso recompensado do bom cirurgião, beijou-lhe as mãos, inundando-as não de lama, mas desta vez de lágrimas de arrependimento.
Médium: A. K. M. Silva
Espírito: Gustavo
Fonte: Página extraída do livro: Amor e Paz - A. K. M. Silva - Espírito Gustavo.
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