quarta-feira, 21 de setembro de 2011

DIVALDO PEREIRA FRANCO - ENTREVISTA AO JORNAL LIBERTAÇÃO


ENTREVISTA AO JORNAL LIBERTAÇÃO:

Libertação: Os países desenvolvidos não têm muito respeito para com o Brasil, porque aqui há uma crise muito grande: econômica, social e de má administração. Como, então, o Brasil sendo a Pátria do Evangelho, vai emanar irradiações para eles?

DIVALDO FRANCO: O forte sempre desdenhou do fraco; o poderoso sempre submeteu o tímido; o dominador sempre tentou esmagar o frágil; mas a cultura histórica demonstrou que as grandes nações não se fazem pelo poder dos exércitos, mas dos valores éticos daqueles que ali viveram. Esparta venceu Atenas, mas nunca ofereceu ao mundo a equipe de pensadores como Atenas vencida. Roma conquistou a Grécia e foi conquistada pela sabedoria grega. A China sempre foi vencida mas sempre venceu os vencedores pela sua alta filosofia. Os chamados países do primeiro nível superdesenvolvidos não têm problema econômico que nós experimentamos, mas têm o problema sócio-moral muito grave. Os altos índices de alcoólatras, de alienados mentais, de suicídio, o que demonstra que a primazia é só aparente e desrespeitam a nacionalidade brasileira, porque infelizmente alguns brasileiros não se respeitam a si mesmos. O Brasil continua com a sua missão história que os homens não podem perturbar. Se olharmos o exemplo da Rússia que em menos de cinco anos mudou uma estrutura de setenta, que na Revolução de 1918 mudou uma estrutura multimilenária, o Brasil, de repente as novas gerações que se encarnam, mudará esse condicionamento, esse atavismo cheio de negação e alcançará, não de imediato, a sua destinação histórica de pátria do Evangelho, de coração do mundo.
Também devemos considerar, que a colocação é uma colocação poética do escritor brasileiro, que poderia ferir outras nações que se sentissem colocadas à margem. Mas aqui se instalou a seiva da doutrina espírita transplantada de França e um convênio afetivo entre os mentores da França e os mentores do Brasil. E no momento próprio esta árvore frondejará mandando suas sementes de luz para muitas partes da Terra. Uma análise muito rápida: o movimento espírita na Inglatera é hoje acionado por uma inglesa que viveu no Brasil largos anos e é onde estão latino-americanos e os primeiros ingleses que agora se interessam. Na Suíça, em Genebra, é uma nobre Professora de Psicologia que criou o núcleo espírita. Na Alemanha, em duas cidades, são casais brasileiros que estão acionando o trabalho espírito naquele país. Na França, não obstante o trabalho meritório de alguns franceses como o senhor Roger Perez, as atividades em Paris têm um grande fluxo através da realização de uma brasileira, Cláudia Bomartan. E assim poderíamos apresentar em várias partes do mundo o renascimento ou surgimento do espiritismo graças a presença de brasileiros que em visitas ou em viagens ou porque ali conduzidos pelos bons espíritos, instauram a era nova do espírito imortal, que demonstra que a árvore frondosa está mandando as suas sementes, para que surja em outros lugares do mundo o pensamento espírita, conforme recebemos de Allan Kardec.

Fonte: Jornal Libertação - Comunhão Espírita de Brasília.

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